António Joaquim Fernandes, mais conhecido como Roberto Leal, nasceu em 1951 em Macedo de Cavaleiros, mas estava enraizado no Brasil desde os seus 11 anos. Falecido no passado sábado, o famoso cantor tinha valências também como compositor e ator.
É muitas vezes referido como um símbolo de uma geração de portugueses que saíram do país e batalharam no Brasil em busca de uma vida melhor. Leal trabalhou como sapateiro e vendedor de doces, antes de conseguir chegar ao reconhecimento como artista.
Os anos 70 foram um período chave na carreira de muitos músicos, inclusive na de Roberto Leal. Em 1971 toda a gente cantava “arrebita, arrebita, arrebita”, depois de ouvir um “ai cachopa”. A Fada dos Meus Fados e Arrebenta a Festa são os seus álbuns mais badalados.
E no meio do famoso reportório de músicas, como “Dá Cá um Beijo” e “Bate o Pé”, Roberto Leal conta também com a participação no filme Milagre – O Poder da Fé. Nos seus 67 anos de vida foi também apresentador de rádio e de programas televisivos. O seu dinamismo e energia fizeram-no ainda participar na série da RTP1, Último a Sair.
Adorado por portugueses e brasileiros, o comunicador nato sempre teve na ligação entre a música tradicional portuguesa e as manifestações culturais do Brasil a sua imagem de marca. A alegria com que encarava a vida e a fé inabalável eram, também, características admiráveis do artista, que nos deixa aos 67 anos.