João Paulo Rodrigues e Pedro Alves trouxeram as suas personagens a Braga. A autenticidade de quem sabe fazer humor e brincar com a vida encheu o Altice Forum Braga.

Na passada quinta-feira, dia 24 de outubro, o Altice Forum Braga recebeu Quim Roscas e Zeca Estacionâncio. Em ambiente descontraído, os dois artistas proporcionaram uma noite recheada de comédia, música e muita estupidez à plateia bracarense.

A felicidade de João Paulo Rodrigues (Quim Roscas) por estar a atuar na sua cidade era clara. “Aprendi a p*nar nesta cidade”, assumiu o artista. Em relação ao lugar que o viu crescer, descreveu-o, não com três, mas sim com cinco P´s: “Padres, P*tas, P*neleiros e a P*ta que os Pariu”.

Como se fosse apenas uma conversa entre amigos, seguiu-se um turbilhão de histórias. A realçar o peso da mulher, Pedro Alves (Zeca Estacionâncio) contou que depois de fazerem amor deu “duas cambalhotas” e continuou em cima dela. Roscas, sem ficar indiferente, falou de uma das suas conquistas e da posição sexual 68 por eles inventada: “Ela ch*upa-me e eu fico-lhe a dever uma”.

De repente, Estacionâncio desceu as calças para mostrar as cuecas, pois estava com um problema no testículo e o médico aconselhou-o a usar cuecas “para o material ficar aconchegado e o testículo não descair mais”. Num contexto de piadas mais suaves, o artista lançou: “Sabes o que diz um prédio para o outro? Tens um andar lindo”. Faz uma pausa para beber água e até aí aproveitou para referir que “é só meter na cabeça que a água dá moca.”

Na plateia estava a irmã de João Paulo Rodrigues. “És o teu irmão em gaja”, afirmou o colega de palco, num momento de brincadeira e ternura.

Era hora de se fazer música. Quim Roscas pegou na guitarra para contar algumas aventuras da viagem a Nova Iorque. Uma delas sobre uma rapariga “linda como a m*rda”. Nuns segundos de reflexão, apercebeu-se da quantidade de asneiras que a dupla dizia. “Eu reparo que nós só dizemos m*rda, podíamos ter um papel mais ativo na sociedade”, pronunciou o bracarense em tom sarcástico. Zeca dançava e ambos interpretavam músicas portuguesas em francês, tal como “A Bela Portuguesa”.

Mais uma experiência inesperada ecoou na sala. Estacionâncio, uma vez, quando foi comprar preservativos, o senhor perguntou-lhe se queria saco. Ora, ele, chocado, respondeu: “Fogo, a minha mulher não é assim tão feia!”.

Voltando à música, era tempo de ouvir os originais da dupla. O público batia palmas e cantava. O clássico “Ó S’Mariquinhas” não podia faltar, entre outros temas, nomeadamente, “Gina, a Badalhoca”.

A despedida foi rápida. Pedro Alves desejou felicidade, sexo e saúde à plateia e os comediantes saíram do palco ao som de “Dragostea din tei”. Um humor, com alguns palavrões à mistura, sobre algo que nos acontece a todos garantiu uma noite preenchida de gargalhadas.