Cerca de três mil cartas foram enviadas ao Governo. Um dos objetivos é alertar para a escassez de vagas nas especialidades médicas.

Após a Prova Nacional de Acesso à Formação Especializada do curso de Medicina, cerca de três mil cartas foram assinadas por estudantes oriundos de várias cidades nacionais, na noite desta segunda-feira. Verificou-se uma maior adesão dos estudantes da região norte do país, entre eles vários alunos da Universidade do Minho.

Entre os estudantes que se uniram ao movimento nacional para sensibilizar o Governo sobre as deficiências do panorama académico na área médica, encontram-se vários estudantes da Escola de Medicina da UMinho. As cartas, destinadas ao Ministério da Saúde, tratam a falta de vagas nas especialidades de Medicina e a carência de moções de profissionais para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em declarações à RUM, José Filipe Costa, presidente do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM), carateriza a iniciativa como uma tentativa de “encontrar uma solução para a ausência de planeamento integrado de recursos humanos em Portugal”.

José Filipe Costa adiantou que a proposta de um Observatório de Planeamento dos Recursos presente nas cartas enviadas tem o objetivo de possibilitar “uma estratégia que decifre as necessidades da população a médio e longo prazo”. Para além disso, outro propósito desse observatório seria tentar propôr “uma adequação das capacidades formativas pré e pós-graduadas”, tendo sempre em conta as insuficiências do país.

Passaram-se meses desde o início da conversação com a tutela e de um protesto “em peso”. Por isso, os estudantes esperam, com urgência, uma resposta. “O NEMUM defenderá sempre os seus alunos, junto à Associação Nacional de Estudantes de Medicina que olha pelos alunos a nível nacional”, finalizou o presidente do núcleo.