O candidato à Mesa da Reunião Geral de Alunos quer “dar voz aos estudantes”,tendo por base o cumprimento dos estatutos e da lei.
O candidato da Lista B à presidência da Mesa da Reunião Geral de Alunos da Universidade do Minho, André Cardoso, esteve à conversa com o ComUM. Expôs as razões da sua candidatura, assim como elogiou o trabalho de Sofia Alcaide e revelou não conhecer o seu adversário direto nestas eleições.
A Lista B apresenta-se sob o mote “Escutar a Academia”. Deste modo, oestudante de Direito pretende, em conjunto com a sua equipa e tendo por base o cumprimento dos estatutos e da lei, incentivar os alunos a participar nas reuniões “para debater os problemas que assistem a todos”.
ComUM: É atualmente o Presidente da XXIII Direção da Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho. Apresenta agora a sua candidatura à mesa da Reunião Geral de Alunos da AAUM. Que razões o levaram a concorrer a este órgão da AAUM?
André Cardoso: Essencialmente porque vi uma disponibilidade, quer da minha parte, quer por parte das outras pessoas que me acompanham, para fazer desta candidaturaaquilo que se calhar tem sido feito ao longo dos últimos anos: que é dar voz. Aquilo que nós queremos fazer é, essencialmente, cumprir esses estatutos e, com a lei geral, tentar reunir os alunos, neste que é o órgão da Reunião Geral de Alunos, de forma organizada, consciente e responsável para que, efetivamente, os problemas sejam debatidos por todos e para todos.
ComUM: O que gostaria de mudar relativamente aos anos anteriores?
André Cardoso: Em relação à RGA, eu sou muito sincero: acho que a Sofia Alcaide fez um excelente trabalho. Agora écontinuar esse excelente trabalho, no sentido da divulgação das reuniões gerais de alunos, no sentido de conseguir cada vez mais uma maior participação neste conselho magno dos estudantes para debater os problemas que assistem a todos. De forma organizada, cumprindo estatuariamente o que está regulado, dar voz aos estudantes.Há que entender a diferença entre estes dois órgãos que é a Reunião Geral de Alunos e a mesa da Reunião Geral de Alunos. A Reunião Geral de Alunos é um órgão deliberativo e que todos fazemos parte, todos os estudantes da academia minhota fazem parte. A mesa da RGA limita-se a organizar, a marcar e a dar seguimento aos trabalhos para que estes problemas sejam efetivamente resolvidos.
ComUM: A RGA é o órgão de representação dos estudantes por excelência.Considera que os alunos percebem a importância da RGA?
André Cardoso: Infelizmente acho que não, porque nós vamos a uma RGA e quem está presente são a Direção da AAUM, os outros órgãos sociais e quatro ou cinco alunos.Isso é pena.Quando nós falamos que os problemas de todos são debatidos lá, a própria direção é confrontada com esses problemas e vemos que a participação é muito baixa. É preocupante. Depois vimos cá para fora criticar quando cá dentro, nas reuniões gerais de alunos, não queremos participar, não queremos resolver os problemas. Isso é uma pena.
ComUM: A taxa de abstenção nas eleições para os diferentes órgãos de governo da AAUM ronda, todos os anos, 85%. Isto é uma taxa muito elevada para algo tão importante para os alunos. O que é que é necessário fazer e de que maneira é que se pode alterar esta tendência?
André Cardoso: É consciencializar os alunos para a importância deste órgão, essencialmente. A nível de divulgação não creio que seja um problema.Isto porquê? Para além de ser publicitado nas redes sociais da AAUM e, se toda a gente tem acesso a eventos como o Enterro da Gata – toda a gente gosta e sabe disso através desses mesmos órgãos-, também não tem desculpa para não saber a partir desses mesmos meios de comunicação, como são as redes sociais e o site. Depois, para além disso, todos os alunos recebem a nível individual, no seu e-mail institucional, quando há uma reunião geral de alunos, inclusive os documentos necessários.
ComUM: Este ano há duas listas candidatas à mesa da RGA. O que é que vos distingue e em que é que os alunos devem basear-se para votar em si?
André Cardoso: Eu vou ser sincero: eu não conheço o meu adversário de todo, nem nunca o vi sequer. Acompanham-me um conjunto de pessoas que se regem por isto mesmo que acabei de dizer. Nós temos um foco que é organizar e conseguir reunir um máximo de alunos em RGA para debater assuntos verdadeiramente importantes e confrontar a própria direção com isso. Em que é que nós nos vamos basear? Única e exclusivamente no cumprimento estatutário e no cumprimento da lei geral, que se aplica de modo subsidiário.Nada vai ser passado à margem do que está estipulado, do que está previsto e sempre à luz das leis e dos princípios gerais de Direito, mas, essencialmente, tendo por base o documento único que são os estatutos da associação académica, bem como o regimento da Mesa.