A 17.ª edição do BragaCine contou com dez filmes e dois homenageados.
O Festival BragaCine decorreu entre sexta-feira, dia 15 de novembro, e sábado, dia 16, no centro comercial Braga Parque, em Braga. Segundo o diretor Artur Barros, o evento tem como objetivo uma maior diversificação do público e interação com o mesmo.
O Festival BragaCine surgiu há 16 anos e conta agora com 17 edições. O festival preza o cinema comercial, mas também algum amadorismo e algum trabalho mais artesanal. Desta forma, este ano, a grande inovação seria a apresentação de curtas-metragens. “É isso que nós também queremos. Queremos o profissional, mas também o amadorismo”, afirmou Artur Barros, em declarações ao ComUM. Acrescentou, ainda, que “é através do amadorismo que o cinema também se vai desenvolver, vai evoluir e vai crescer”. No entanto, devido a problemas técnicos, as curtas não puderam ser apresentadas.
Na primeira noite de festival, apresentaram-se os filmes Sorry We Missed You, de Ken Loach, e Mr Jones, de Agnieska Holland. A primeira artista homenageada foi Anne Bergfeld, com posterior atuação musical de Georges Valtjen.
Já o segundo dia do BragaCine contou com uma maior variedade de trabalhos. A panóplia foi alargada, desde filmes de terror, como Reborn, de Julian Richards, a documentários, como No Momento Certo, de Rui Martins, e ainda algo para os mais pequenos, com a A Ovelha Choné 2 – A Quinta Contra-Ataca, de Richard Phelan e Will Becher.
Snu, a “história de amor que mudou Portugal”, marcou também presença no festival de cinema independente de Braga. A apresentação do filme contou com a presença da atriz Inês Castel-Branco, que foi também homenageada.
Para além do cinema internacional, foi então clara a presença do cinema português no festival. Artur Barros defende ser muito importante a apresentação de filmes portugueses para o reconhecimento da indústria cinematográfica nacional. O diretor afirmou que “para nós sermos reconhecidos, não é só passar-se um filme de vez em quando, uma vez por ano ou duas vezes por ano nos cinemas, e pronto, existe cinema português”.
Sublinhou, também, que “é preciso que os produtores e os distribuidores projetem os filmes portugueses. Quando existe um filme português é preciso ser acarinhado e pô-lo nos cinemas. Não é pôr um dia ou dois e depois retirar. Assim não vamos conseguir nada”.