A partir do tema “memória” foram várias as palavras que lembraram o início do ICS e pensaram no seu futuro.
O Instituto de Ciências Sociais nasceu em novembro de 1976 e, esta sexta-feira, celebra mais um aniversário. Foi com a frase “fisicamente habitamos um espaço, mas sentimentalmente somos habitados por uma memória”, de José Saramago, que começou a tarde de comemoração, na sala de atos do Instituto, do 43ª aniversário.
Helena Machado, Presidente do Instituto de Ciências Sociais, fez referência ao nascimento do instituto em questão. “Identidade de média idade, desejosa de crescer com qualidade” e com vontade de “reforçar a centralidade da universidade e do instituto” a todos os níveis. O ICS tem vindo a atingir novos feitos como “18 bolsas de mestrado”, “vários projetos financiados por várias organizações”, “resposta às necessidades sustentáveis e problemas ambientais”. O reflexo deste crescimento é a maior procura por parte dos estudantes estrangeiros, relativamente à oferta de cursos e projetos que o ICS tem vindo a desenvolver.
“As dificuldades fazem parte das memórias”, constatou ainda a presidente do ICS, que apresentou algumas das preocupações. “A falta de um centro de multimédia torna-se um obstáculo ao desenvolvimento”. No entanto, o futuro é também evidenciado. “O tema da “memória” lembra-nos que não é linear, mas que muitos antes de nós o construíram, e todos nós colaboramos para desenhar o futuro”.
“Tudo começou em novembro de 1976 quando este instituto abriu o seu primeiro projeto”, declara Manuela Martins, vice-reitora da Universidade do Minho. “O ICS pode orgulhar-se dos seus feitos” e destaca o empenho do instituto em estar atento aos novos desafios. “Acredito que as Ciências Sociais trabalham para desenvolver o espírito crítico da sociedade do amanhã”, acrescenta Manuela Martins.
“Memória e gratidão são temas que me inspiram muito”, confessa Aníbal Alves, professor emérito do Instituto de Ciências Socias. “A memória não tem de ser uma prisão do passado, esta memória serve para nos projetar, porque ela coloca-nos no pio da nossa história”, declara referindo-se ao crescimento do ICS.
Alda Rodrigues, antiga aluna de História e de Arqueologia do Instituto de Ciências Socias também deu o seu testemunho. “A memória marca todo o meu percurso”. Destaca a “formação de grande qualidade que ainda, hoje, utilizo.”
Nesta cerimónia foram entregues dois prémios: o Prémio Almedina para o aluno do ICS com a melhor média e beneficiador de uma bolsa da ação social, e o Prémio do Concurso de Fotografia “Representações da Memória”. O 1º entregue à aluna Inês Filipa Almeida Dias, de Ciências de Comunicação, e o 2º prémio entregue a Joana Mafalda Gomes, aluna do 2º ano de Ciências de Comunicação.
A cerimónia comemorativa terminou com a reflexão de Miriam Halpern Pereira. A professora aposentada do ISCTE-IUL conduziu a conferência de tema “Mudanças, ruturas e continuidades”.