Na mesa redonda discutiu-se a correlação entre os três conceitos que constituíam o tema “Empresas, Cultura e Sociedade”.

Esta quarta-feira contou com a realização da nona edição do EEG Business Day, um evento exclusivo para os alunos da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (EEG). Esta edição foi a maior de sempre, contando com cerca de 700 alunos. A mesa redonda, de nome “Empresas, Cultura e Sociedade”, foi moderada pela professora Carolina Machado, da EEG.

“Eu ouvi a palavra triângulo”, afirma o professor do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH), Manuel Curado, quanto à relação entre empresas, cultura e sociedade. “Dentro do triângulo, está uma baleia. Chama-se «cultura»”, diz. O mesmo afirma que esta “baleia” tem vindo a ser caçada, dando exemplos desde a televisão até ao ensino, e como a essência da cultura portuguesa vem a desaparecer. “A cultura é aquilo que está na nossa alma”, conclui.

José Teixeira, integrado no DST Group, comenta esse triângulo, onde diz que a economia não o entende. “Na excelência desta escola (EEG), num ponto de vista técnico, vocês são todos perfeitos. O que não são, na maior parte das vezes, é a personagem que eu quero. A personagem que a economia precisa.” Segundo o convidado, para chegar a essa personagem, é preciso cultura. Quando questionado como é que os jovens podiam levar cultura no espectro empresarial, José Teixeira sublinha a importância da leitura.

Manuel Curado responde, avisando os alunos: “Não sejam excessivamente cultos. Porque, se forem, vão descobrir este ácido sulfúrico da palavra cultura”. O mesmo demonstra aos alunos que não será por absorverem cultura em demasia que vão perceber sobre cultura em si.

Francisca Abreu, antiga Vereadora da Educação, Juventude e Cultura na Câmara Municipal de Guimarães, ao observar este contraste nas definições de cultura, conclui que devem ser os alunos presentes a serem curiosos e pesquisarem. “Quanto mais percebermos sobre arte e cultura, mais enriquecidos ficamos”. Por sua vez, Mário Sequeira, fundador da Galeria Mário Sequeira, apoia este desafio da antiga Vereadora, afirmando que toda a definição tem um impacto para a área das artes plásticas.

A mesa-redonda encerra com todos os convidados a confirmarem que a leitura e a cultura são importantes para a inserção dos jovens no mercado de trabalho.