Segundo o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, uma das preocupações do plano estratégico é a questão da “acessibilidade económica”.

O Município de Braga ganhou mais de 3 mil habitações entre janeiro e junho deste ano. Os dados foram fornecidos na apresentação do Programa Local de Habitação, que decorreu esta quarta-feira no Gnration. Nos últimos seis anos foi registado um crescimento de quase 10% da população de Braga, levando ao aumento da procura.

Cresceram 2757 habitações T2 e T4, e 599 casas T1, algumas dessas resultantes da requalificação de espaços habitacionais já existentes. De acordo com Ricardo Rio, o número de edifícios devolutos tem vindo a diminuir.

A autarquia pretende chegar cada vez mais às freguesias periféricas. “Se temos perspetivas que a cidade possa receber mais pessoas, naturalmente tem que existir uma oferta imobiliária compatível com as suas necessidades”, explica ainda o autarca.

O presidente da Câmara Municipal de Braga criticou ainda o papel do Governo na pressão imobiliária. “Há necessidade de haver mais oferta e essa maior oferta é fundamental, até para regular a pressão que existe do ponto de vista dos preços”.

Por outro lado, o Programa Local de Habitação apresentado pela autarquia divide-se em duas fases. Até ao final do primeiro semestre de 2020 será feito um diagnóstico. Em seguida, com base nessa avaliação, o plano será apresentado ao pormenor, com as iniciativas a serem desenvolvidas.

Ricardo Rio refere, também, a necessidade de se encontrarem soluções para os inquilinos que “vivem com contratos de arrendamento durante demasiados anos e que de um momento para o outro são confrontados com a necessidade de procurar uma alternativa no mercado”.