Michael Bay habitua-nos sempre a um bom elenco nos seus premiados filmes de ação. 6 Underground é mais uma produção do realizador norte-americano que chegou ao público a 13 de Dezembro, graças à Netflix. A maior estrela é Ryan Reynolds, que lidera um elenco que quer esquecer o passado para poder mudar o futuro. Podem esperar muitos tiros e paisagens italianas, que valem sempre a pena.

A história envolve uma equipa de seis bilionários cujos nomes nunca são revelados, são sempre tratados pelos números que lhes foram atribuídos previamente. O início empolga e leva as nossas costas a sair do conforto do sofá, pois queremos saber mais do passado e o porquê de os personagens quererem mudar de identidade. Cada um deles inventou a sua morte.

6 Underground

Perseguições da polícia, carros a ter acidentes e explosões fazem as delícias dos fãs de Ação. No fim da trama gritamos “BINGO!”, graças aos clichés. A violência acompanha 6 Underground do início ao fim, o que, pelo menos na minha ótica, torna os cortes e as transições pouco fluidas, sem se saber onde acaba um ato e começa outro. No entanto, os efeitos especiais são muito bons, o que salva o argumento do total fracasso. Para além disto, as paisagens das ruas de Florença roubam também as atenções.

Para quem gosta de bons guiões, pode esquecer isso. Apesar dos bons atores, todas as conversas são com um conteúdo manhoso e sem cuidado, o que não prende, de todo, o espectador. Dei por mim a querer desligar a janela do computador, porque as piadas que eles fazem são muito, muito más.

No final das duas horas, fiquei com a desilusão estampada no rosto. 6 Underground “mais um filme” como tantos outros, que enche o nosso currículo de filmes vistos. O que mais valeu a pena foi ver a atriz portuguesa Lídia Franco a brilhar e a roubar o protagonismo em várias cenas. Não vou dizer que não vale a pena ver, mas eu certamente não lhe vou dar uma segunda oportunidade.