De facto, é de fácil perceção a rápida ascensão das engenharias na última década, muito por força do exponencial desenvolvimento técnico e tecnológico da indústria. Entre elas está a EGI (Engenharia e Gestão Industrial), muito mediatizada pelas elevadas notas de ingresso, também registadas na Universidade do Minho. Mas a EGI está só na moda?
Enquanto Presidente do NEEGIUM (Núcleo de Estudantes de Engenharia e Gestão Industrial) sei das dificuldades que surgem ao explicar a um aluno do ensino secundário qual é, de facto, a aplicabilidade do curso. Eu próprio me questionava aquando da minha candidatura, e reconheço que saber o que é ser um Engenheiro e Gestor Industrial é um processo evolutivo que carece de algum tempo de aprendizagem.
Atualmente, a frequentar o 3º ano do Mestrado Integrado, não tenho dúvidas nenhumas que é na Universidade do Minho que melhor se pratica esta área de conhecimento. Em comparação com outros planos curriculares de diversas instituições, destacamo-nos pela componente prática. Fazêmo-lo através de projetos integrados, que juntam os alunos em equipas e as unidades curriculares do curso num só projeto, onde os alunos podem aplicar e ver o real valor desses mesmos conceitos no mercado de trabalho.
O NEEGIUM pretende ter um papel cada vez mais fundamental no aumento de conhecimento e oportunidades do estudantes, principalmente em duas áreas. Em primeiro lugar, reforçar as relações com o tecido empresarial, de forma a que os alunos possam, cada vez mais cedo, ter oportunidades de recrutamento para estágios e adquirir experiência profissional num leque cada vez mais diversificado de empresas. Em segundo lugar, pretendemos desempenhar um papel fundamental na formação complementar dos estudantes em domínios que não são abrangidos nas unidades curriculares lecionadas, mas que atualmente são de grande importância para o mercado de trabalho.
Apesar de ser um curso bastante desenvolvido no panorama nacional, sabemos que existem lacunas e que alguns dos temas lecionados não se adequam, de todo, àquilo que é expectável da função de um Engenheiro e Gestor Industrial no futuro. É assim que, enquanto estudante, aguardo atentamente as alterações que estão a ser promovidas pela reestruturação do curso de Mestrado Integrado para Licenciatura, na expectativa de que este fosso existente entre o mundo empresarial e académico seja cada vez mais reduzido.
E, em jeito de conclusão, sim, a Engenharia e Gestão Industrial está na moda e recomenda-se. Porém, é apenas para aqueles alunos que gostem de se desafiar e de se “atirar” para novas oportunidades de mente aberta e com espírito critico.