Na sexta-feira de 13 de dezembro Harry Styles deixou os fãs histéricos após o lançamento do seu segundo álbum Fine Line. O projeto é a prova do crescimento do músico desde a estreia a solo e a evidência de que o artista é muito mais do que alguém que fazia parte de uma boyband Pop que enlouquecia as adolescentes.

É a afirmação de quem vai certamente deixar um marco no mundo da música. Numa época em que todas as músicas Pop-Rock parecem soar ao mesmo, Styles consegue distinguir-se. Liricamente, é extraordinariamente honesto e dono de uma maturidade incrível.

blitz.pt

É ao som da bateria e guitarra que “Golden” abre o álbum. É o mix perfeito entre os instrumentos e a voz do músico britânico. “Watermelon Sugar” segue o padrão, até mesmo por ser uma faixa promocional e, por isso, te de agradar ao maior número de pessoas possível.

Harry revela o seu lado de estrela Rock com o coração partido em “Adore You” e parte o coração de todos aqueles que ouçam “Falling”. Em “Cherry” mostra-se igualmente vulnerável mas é uma faixa que lidera com os vocais. “To Be So Lonely” é uma faixa igualmente calma em que é explorada a solidão após uma separação amorosa.

Lights Up” é a tentativa de se distanciar do que foi feito até então e funciona perfeitamente. A voz do músico, as harmonias, a letra simples, a produção do som e o ritmo são os ingredientes chave. As harmonias brilham em todo o projeto, mas surgem com especial destaque em “Sunflower, Vol.6”. Todo o trabalho realizado em torno da voz do artista é de louvar. Em primeiro plano ou sufocadas, os vocais engrandecem sempre as faixas.

She” parece atingir novos níveis de excecionalidade a cada segundo. É uma autêntica obra prima ao estilo de um rockstar e a combinação entre a guitarra elétrica e a voz de Harry Styles não podia estar melhor equilibrada. Ao produzir este álbum, o artista teve como influência músicos como David Bowie e esta faixa seria, certamente, elogiada pelo ícone.

Canyon Moon” é um Folk animado, diferente do restante, mas bastante necessário. A mesma energia descontraída acompanha “Treat People With Kindness”. Liricamente esta última transparece aquele que é um dos maiores lemas do artista.

Fine Line” é a faixa que dá nome ao álbum e era impossível finalizar o projeto de uma melhor maneira. Fala sobre os desejos, emoções e de como somos constantemente testados pelas mesmas. É justamente a compilação de todo o trabalho feito antes: uma montanha russa de uma rockstar extasiada e por vezes desolada- tudo isto numa só canção.

Não precisamos que Styles nos convença de mais nada, é um artista que pode ainda não ter atingido todo o seu potencial, mas está seguramente a caminho. Apresenta uma obra essencialmente equilibrada entre o desamor, amor e a aceitação de um mesmo.

Não há uma única faixa que possa ser considerada má, pelo contrário, cada uma apresenta pelo menos um bom momento capaz de agarrar quem quer que a ouça. É, acima de tudo, um álbum brilhante e bastante cativante. Repleto de propostas diferentes, mas coerentes, Fine Line destaca-se pelo seu dinamismo.