PSD afirmou que “33 milhões” de euros é o custo adicional para o Governo desde que o Hospital de Braga passou a Entidade Pública Empresarial (EPE).
Em sede de comissão parlamentar conjunta de Orçamento e Finanças e de Saúde, Álvaro Almeida, deputado do PSD, mencionou os custos assumidos pelo Hospital de Braga em 2019. Nesse ano, quando a instituição se enquadrava numa Parceria Púbico Privada (PPP), os custos foram de “186 milhões de euros”. Para 2020, depois de ter passado a Entidade Pública Empresarial (EPE), prevê-se um aumento da despesa para “218 milhões de euros”.
Em resposta, Marta Temido afirmou que “a gestão pública e privada” são “modelos diferentes” quando comparados. “Aos trabalhadores de Braga, com excepção dos médicos, aplicavam-se as 40 horas. É preciso contratar mais 127 trabalhadores adicionais para cumprir as 35 horas. Acresce um encargo de dois milhões de euros. Não parece que seja opção manter as 40 horas”, explicou.
A Ministra da Saúde apontou, ainda, a previsão de um ano “particularmente exigente para todos os que trabalham no SNS”. Uma exigência que deve, a seu entender, ser encarada como “a grande prioridade do Orçamento do Estado”.
Para o PSD, garantir o SNS como prioritário “deveria significar que a saúde tinha uma parcela do Orçamento de Estado maior do que as outras áreas. Não é esse o caso. A despesa aumenta apenas 2,8% e despesa primária cresce cerca de 5%. Dizer que é prioridade quando a parte que vai para a saúde acaba por diminuir, é uma ilusão”, concluiu Álvaro Almeida.