Restauro da antiga Fábrica vai proporcionar alojamento a centenas de alunos.
A antiga Fábrica Confiança vai ser reedificada numa residência universitária privada que vai abarcar cerca de trezentos apartamentos. Para além da residência serão constituídos um museu, espaços de restauração e de comércio. A novidade foi conhecida esta quarta-feira em conferência de imprensa.
O edifício da antiga Fábrica Confiança vai ser vendido por cerca de três milhões e seiscentos e cinquenta e um mil euros e reconstituído, como forma de preservação da memória e identidade desta, numa residência universitária de carácter privado. Esta nova residência, vai dividir-se num edifício principal e num outro novo, composto nas traseiras da Fábrica Confiança. Vai apresentar sete pisos, 300 apartamentos e 150 lugares de estacionamento.
Em declarações à RUM, Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, afirma que existem “propostas de vários promotores privados, nacionais e internacionais, interessados em comprar o edifício para o transformar em residência universitária”. Após aprovado o projeto da Câmara Municipal de Braga, por parte da Direção Regional da Cultura do Norte e do Conselho Nacional de Cultura, este afirma que existem “condições de avançar para a próxima fase que é a concretização do processo de alienação”. Esta nova edificação vai ser composta de modo a manter a estrutura da fábrica original, a relação do edifício com o terreno envolvente e apenas poderá ser utilizado como uma residência universitária.
Pedro Lopes, chefe do Serviço de Divisão do Centro Histórico, afirma que, aquando a construção da residência, vão ser mantidas “todas as características arquitetónicas e patrimoniais existentes” e que “com o suporte à regeneração urbana do local e à sua relutação” vai ser construído “um novo edifício no terreno soberano situado a norte”. Para além desta nova residência, o antigo edifício vai ser reabilitado num “centro interpretativo, num museu da Memória da Fábrica Confiança associado a uma área de restauração e bebidas e outros espaços de apoio à residência, assim como, uma área residual de comércio complementar aos usos propostos”. Pedro Lopes explica que se pretende preservar este imóvel, e repor a sua integridade sem interferir com o mesmo.
Miguel Bandeira esclarece que este projeto “vai ser um exemplo de interesse público ainda que motivado pela iniciativa privada”.