O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) investe em nova construção ecológica. Com formato de esfera espelhada, pretende-se que o Sense seja construído até ao final de 2022 e ligue as pessoas à ciência.

A nova infraestrutura do INL terá 5.700 metros quadrados de área de construção e vai apresentar três pisos: um centro de ciência (piso zero), um espaço de cocriação para inovações (piso um) e um restaurante com vista panorâmica de 360 graus sobre a cidade (pisos dois e três). Localizar-se-á à frente da entrada principal do INL, entre o laboratório e o Parque da Rodovia.

O novo edifício tem como intuito divulgar a investigação científica levada a cabo pelo INL, revelou esta terça-feira o diretor de comunicação do INL, Jorge Fiens, numa entrevista ao programa Campus Verbal, da Rádio Universitária do Minho (RUM). “Será um marco, não só da cidade de Braga, mas de todo o país”. 

Em comunicado ao O MINHO, Jorge Fiens afirmou que o projeto “será um edifício atrativo, tanto no seu conteúdo como na aparência”. O diretor acredita que o projeto vai permitir “melhorar a ligação do INL à comunidade e a ligação das pessoas à ciência”.

No seguimento, relembra o movimento de questionamento da ciência, afirmando que “a ciência não é política, a ciência é ciência. Não podes acreditar e usá-la apenas quando te dá jeito. Tem de estar presente nas tomadas de decisão”, acrescentando que esta é uma das responsabilidades do INL. 

 

“São mais de 400, de 40 nacionalidades diferentes” 

O INL é um dos três laboratórios com estatuto internacional que existem no Mundo. Foi inaugurado em 2019  e corresponde a uma iniciativa conjunta dos governos de Portugal e Espanha. A sua investigação desenvolve-se em seis campos de investigação: energia, ambiente, alimentação, sensores, tecnologias da comunicação e informação e tecnologias futuras. 

Em 2015 eram 60 pessoas a trabalhar no laboratório, mas hoje “são mais de 400, de 40 nacionalidades diferentes, o número de pessoas para as quais o INL foi dimensionado em termos arquitetónicos”, explicou Jorge Fiens na entrevista à RUM. Com a sua capacidade máxima praticamente excedida, o novo edifício Sense surge também como uma tentativa de colmatar esta falta de espaço.