A aula aberta dada pelo professor Luís Alberto Marques Alves sobre o tema “E afinal a História revela-se importante!” e o lançamento do livro “Consciência histórica e narrativa na aula de História: conceções de professores”, de Marília Gago marcaram a tarde de quarta-feira no Instituto de Educação da Universidade do Minho.

Na quarta feira, o anfiteatro do Instituto de Educação da Universidade do Minho recebeu a aula aberta “E afinal a História revela-se importante!”, guiada pelo professor Luís Alberto Marques Alves, professor do Departamento de História e Estudos Políticos e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP).

No mesmo espaço, mas mais tarde, teve lugar o lançamento do livro “Consciência histórica e narrativa na aula de História: conceções de professores”, de Marília Gago, professora auxiliar e equiparada do Departamento de Estudos Integrados de Literacia, Didática e Supervisão da Universidade do Minho.

Com uma audiência composta por docentes e alunos, a aula aberta teve como foco deixar claro a importância que o conhecimento histórico tem, bem como o impacto que a história tem na sociedade.

Ao longo da palestra foram trabalhados vários temas da história e dadas sugestões à forma como eles deviam ser tratados pelos professores de história dos vários anos e das várias vertentes da disciplina. A aposta na transmissão de conhecimento de uma forma mais interativa, com a demonstração de documentários, análise de jornais ou revistas ficou registada.

“Passados dolorosos na história: quando o passado é dor presente” foi outro dos temas abordados, na qual foi feita uma analogia entre o passado e o exemplo da Guerra Colonial. Foi sugerido que os estudantes fizessem entrevistas e ouvissem testemunhos de quem viveu naquela época da história.

No que toca à avaliação, os docentes foram aconselhados sobre a interpretação, a compreensão histórica, a comunicação em história e a mobilização do saber histórico para a cidadania. A articulação entre a informação selecionada e os conhecimentos adquiridos, a problematização e a crítica, os níveis de autonomia e o tratamento do conhecimento adquirido foram outros pontos a ter em conta na avaliação.

Num momento a seguir, Luís Alberto Marques Alves juntou-se ao painel composto pela Professora Doutora Isabel Barca, docente aposentada do Instituto de Educação da UMinho e Investigadora do Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» (CITCEM) da FLUP, e pelo Professor Doutor Francisco Mendes, do Instituto de Ciências Sociais da UMinho, no lançamento do livro “Consciência histórica e narrativa na aula de História: conceções de professores”, da autoria de Marília Gago, presente também neste painel.

A obra baseia-se num estudo de investigação realizado no âmbito do Doutoramento em Educação e visa perceber as ideias de professores e futuros professores de história no que toca à consciência histórica e narrativa, determinando-se implicações relativamente ao ensino da história e da formação de professores da área.

Isabel Barca elegeu a publicação como “importante para a área”, seguindo um plano epistemológico e empírico. Focada nas formas de compreensão histórica por parte de quem a ensina, a docente considera a obra “uma inovação”.

“Ainda bem que foi publicada”, afirmou Francisco Mendes, que descreveu esta obra como “um livro crítico, um livro duríssimo de ler”, no sentido em que traz à tona uma série de problemas de “uma matéria histórica que está constantemente a ser construída”.