O centro de inovação vai ser instalado em Viana do Castelo e vai ter uma importância estratégica para o roteiro científico da robótica em toda a Europa.
Viana do Castelo vai ter primeiro centro europeu para testar robôs em parques eólicos flutuantes, segundo o consórcio internacional responsável pelo projeto Atlantis. O projeto tem uma duração prevista de três anos e conta com um investimento de 8,5 milhões de euros.
Em comunicado enviado à imprensa, o consórcio constituído pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), a EDP e mais oito parceiros de diferentes países, adiantou que o novo centro “vai possibilitar a validação de soluções robóticas nas condições climatéricas mais extremas do Oceano Atlântico, em especial nos trabalhos de inspeção e manutenção das infraestruturas eólicas offshore”.
Este centro pretende demonstrar que as tecnologias e soluções robóticas são fundamentais à inspeção e manutenção de parques eólicos offshore (no mar) de todo o mundo. E ainda reduzir riscos e diminuir custos de operação e manutenção destes parques.
“O projeto assenta numa verdadeira simbiose entre as indústrias da energia e da robótica marinha. O Atlantis Test Center permitirá quantificar o valor acrescentado de nova tecnologia robótica e acelerar a sua integração no setor da energia eólica marítima”, adiantou Andry Maykol Pinto, coordenador do projeto e investigador no INESC TEC.
De acordo com o diretor de I&D da EDP, João Maciel, o parque eólico flutuante “é um passo de gigante na criação de novos mercados para as energias renováveis e, em particular, para o setor eólico”. As aplicações serão desenvolvidas por centros de investigação ou empresas tecnológicas, membros do consórcio.
Duas das três turbinas que constituem o parque eólico já estão montadas em plataformas flutuantes ancoradas no leito do mar. Estas terão no total uma capacidade de 25 MW (megawatts), o equivalente à energia consumida por 60.000 habitações por ano.