A cerimónia contou com as atuações de Daniel Pereira Cristo, multi-instrumentalista e cantautor bracarense, e da orquestra galega de instrumentos tradicionais “SonDeSeu Orquestra Folk”.

No último sábado teve lugar no Altice Fórum Braga a grande cerimónia de abertura de celebração de Braga como Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2020. Num evento que celebra a cultura na euroregião abrangida pelo Norte de Portugal e pela Galiza, subiu ao palco Daniel Pereira Cristo.

“Que isto possa ser um bom prenúncio para a nossa cidade e para a nossa região” rematou o artista bracarense, que de uma forma leve e descontraída, e entre novas abordagens a instrumentos tradicionais como cordofones e percussões  estreou três temas novos.  Fazer o Pino”, “No País de Alice” e “De Não saber o Que Me Espera”, sendo este último uma homenagem a Zeca Afonso, que sempre acreditou na “Portugaliza”, isto é, na partilha de cultura entre os dois povos.

Com grande prazer por poderem partilhar a música, emoção e natureza estava o grupo “SonDeSeu Orquestra Folk”. Entre gaitas de foles, percussões, sanfonas, violinos, flautas de madeira e outros instrumentos trouxe arranjos com base em temas resultantes da tradição oral da música popular da Galiza. “Tradiculata”, “Ciclotimias”, “O Mandil”, “O Rillachavos”, ou “Oh Bento Airoso”, sendo esta última em conjunto com Daniel Pereira Cristo. A alegria que advinha do palco contagiou a plateia que no final não se poupou de uma longa ovação aos artistas.

A cerimónia contou com a presença do presidente da câmara municipal de Braga e recém presidente do Eixo Atlântico, Ricardo Rio, Román Rodriguez, conselheiro da cultura da junta da Galiza, Alfredo García, presidente da mesa da assembleia geral do Eixo Atlântico, Lídia Dias, vereadora da cultura da câmara municipal de Braga e Xoán Vázquez Mao, secretário geral do Eixo Atlântico.

A importância para Braga enquanto Capital da Cultura do Eixo Atlântico ficou nítida. “Para Braga é obviamente um momento muito especial”, revelou Ricardo Rio. O apelo à visita dos territórios abrangidos por aquela euroregião foram ainda realçados por Alfredo García, que não poupou elogios ao noroeste peninsular e à sua capacidade de atractividade turística. “A cultura é sobretudo passado, é presente e futuro”, deixou claro Román Rodríguez , que salientou as várias semelhanças entre as regiões em questão.