Promover a adoção de estilos de vida saudáveis e favorecer opções de mobilidade sustentável são os principais objetivos da nova iniciativa da Escola de Medicina.
A Escola de Medicina apresentou uma nova medida que pretende disponibilizar balneários a todos os estudantes que queiram deslocar-se, de forma regular, de bicicleta até à escola. O projeto é aberto a toda a comunidade de Medicina, incluindo estudantes de graduação e de pós-graduação, os funcionários, os docentes e os investigadores.
Em entrevista ao ComUM, Pedro Morgado, vice-presidente da Escola de Medicina, conta que a promoção do bem-estar e as preocupações ambientais foram as razões que levaram à implementação desta atitude. “É uma medida muito pequena, mas que nós acreditamos ter um impacto muito grande”.
“Fazer exercício físico é uma das coisas que faz melhor à saúde física e mental” e, optar por meios de transporte suave, permite aliar a necessidade de transporte até à escola ao benefício da atividade física. Lembra, ainda, as questões de consciência ambiental como uma “preocupação muito significativa”. O sedentarismo, o nervosismo e a irritabilidade propícios no trânsito e na procura de estacionamento são evitáveis, pois “não é só o ambiente que perde quando as pessoas vêm de carro, as pessoas também perdem”.
José Diogo Soares, presidente do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM), refere que o principal objetivo é “incentivar a práticas mais sustentáveis e alertar para a urgência climática que vivemos atualmente”. O aluno de Medicina denota que muitos estudantes usam meios próprios e poluentes para efetuar a deslocação para a universidade e para as residências hospitalares, não tendo a bicicleta um uso marcado.
Para ambos, conceder estas instalações é essencial por motivos de privacidade e conforto associado às condições meteorológicas típicas de Braga. É, também, igualmente importante valorizar e incentivar a utilização de meios suaves de transporte.
“Com esta iniciativa queremos que esse crescimento seja mais rápido do que aquele que acontecia naturalmente se não tomássemos medidas desta natureza”, conferencia Pedro Morgado em relação à adesão por parte da comunidade. Admite que tem consciência que, inicialmente, vão ser poucas pessoas a seguir esta proposta, contudo, a longo prazo, o número de participantes “vai aumentar de forma muito significativa”.
Em relação à possibilidade de estender esta ação aos restantes campi – incluindo o restante campus de Gualtar -, o Presidente do NENUM destaca a posição privilegiada da academia no que concerne ao ambiente. “A nossa universidade já é pelo terceiro ano consecutivo a universidade mais sustentável do país e, portanto, é uma medida que pode ser projetada para todo o campus”, declara.
Para Pedro Morgado, a Escola de Medicina está a “dar o exemplo” daquilo que pode ser feito e, correndo bem, “terá uma visão estratégica de a expandir ao resto da universidade”. No entanto, há características orográficas, estando a escola situada no extremo com maior altitude do campus, que tornam esta medida “mais necessária na Escola de Medicina do que nas outras escolas”.
Os estudantes que pretendem obter acesso aos balneários localizados no piso zero devem preencher um formulário e, após o preenchimento, vão receber as instruções de utilização. A iniciativa já se encontra funcional.
O ComUM tentou contactar a reitoria e, até ao momento da publicação da notícia, não obteve declarações.