É o cancro com o custo mais elevado para os sistemas de saúde. A taxa de reincidência é superior a 50%, o que requer uma vigilância constante.
A Escola de Medicina da Universidade do Minho, juntamente com o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) estão a desenvolver um novo tratamento para o cancro da bexiga.
Atualmente, o cancro da bexiga é já o quarto tumor mais frequente em Portugal, sendo o 10º à escala mundial, com maior incidência no sexo masculino. A investigadora do ICVS e da Escola de Medicina da Universidade do Minho, Julieta Afonso, propõe a integração da terapêutica dirigida ao metabolismo tumoral com a imunoterapia. Aumenta, dessa forma, a eficácia do sistema imunitário na eliminação das células malignas.
“Nem todos os doentes respondem à imunoterapia, ainda temos trabalho a fazer nessa área. Propomos esta ideia a doentes com cancro da bexiga que não respondem à terapia, porque um dos mecanismos de não-resposta parece ser realmente as células terem este tipo de metabolismo”, explica Julieta Afonso.
O cancro da bexiga não é tão mediático, mas acarreta elevados custos. “É o décimo tumor mais frequente, a nível mundial. Só que tem uma particularidade: em termos de custos para os sistemas de saúde é o que tem mais impacto. Estes tumores têm uma taxa de reincidência muito elevada [acima dos 50%], o que requer uma vigilância muito apertada e pode requerer novas cirurgias.”, explica a investigadora.