O glam rock está vivo na representação de desordem e genuidade de uma banda de nova iorque que reivindica pelos os problemas do mundo.
O concerto dos Last Internationale, no sábado passado no Theatro Circo, não podia ter começado melhor. O “vozeirão” de Delila Paz tomou emprestado o tema de Nina Simone (“Feeling Good”) para apresentar o seu número.
A noite seguiu-se sem grandes surpresas, com a voz super projetada da vocalista Delila Paz a ecooar repetidamente pelo espaço apertado na Grande Sala do Theatro Circo. Com uma bandeira meia satanista adaptada com umas estrelas da liberdade a fazer de pano de fundo, o trio americano apresentou canções dos dois álbuns.
Foi como voltar aos passados anos 70 com os casacos de cabedal, as camisolas de lantejoulas e o cabelo farto. O som também não diferiu muito do anacronismo estético do espetáculo. Libertador no aspeto de fazer acreditar que há coisas que podem ser feitas da mesma forma durante muito tempo, particularmente se essa coisa for pedir por coisas novas. Sonhador e revoltoso, o concerto dos Last Internationale animou a plateia, que dançou à batida do seu rock simples mas mexido.
No entanto, a banda americana ainda teve tempo para um encore.