Kirk Douglas faleceu esta quarta-feira, dia 5 de fevereiro, aos 103 anos. O ator e cineasta americano foi uma das glórias da Era de Ouro de Hollywood, distinguido em 1996 com um Óscar Honorário, pela sua carreira.

Nasceu a 9 de dezembro de 1916 como Issur Danielovitch Demsky em Nova Iorque. Apesar de ter crescido num bairro pobre, sempre se destacou como bom aluno e foi a luta livre profissional e o trabalho de empregado de mesa e de hotel que o ajudaram a pagar os estudos. Porém, trocou a St. Lawrence University pela American Academy of Dramatic Arts, onde concluiu a sua formação.

Kirk Douglas estreou-se no teatro em 1941, com o espetáculo Spring Again, da Broadway. Porém, a carreira foi suspensa devido à chamada para a Segunda Guerra Mundial. Regressou em 1946, com o filme O Estranho Amor de Martha Ivers. A sua performance valeu-lhe uma grande quantidade de críticas positivas e várias propostas para novos trabalhos, como Lábios que Sangram (1947).

Kirk Doyglas em Spartacus

A ligação excelente entre o americano e Burt Lancaster, no último trabalho, valeu-lhes mais sete filmes em conjunto. Entre estes destacam-se Duelo de Fogo (1957), Sete Dias em Maio (1964) e Os Duros (1986), a última prestação do par.

O épico Spartacus (1960) foi um dos maiores trabalhos do ator, pelo qual é conhecido ainda hoje. Para além destes, marcou ainda o seu nome em Hollywood com O Grande Ídolo (1949), Cativos do Mal (1952), A Vida Apaixonada de Vincent Van Gogh (1956) e Horizontes de Glória (1957).

O cineasta destacou-se tantas vezes como foi homenageado. Para além das várias nomeações, recebeu em 1996 um Óscar Honorário, pela sua carreira. Em 2016, assinalaram-se 70 anos de dedicação à Sétima Arte.

Kirk Douglas deixa, então, um legado que promete perdurar no tempo. Com filmes que marcaram gerações e a história de Hollywood em si, tornou-se uma das maiores lendas do cinema. A sua herança persiste, apesar de tudo, presente nos filhos, Michael e Joel Douglas, que dão continuidade ao nome do ator.