António Costa: “Queremos evitar a todo o custo os despedimentos”
Segundo o chefe do executivo, a economia portuguesa enfrenta desafios do lado da oferta e da procura, devido ao encerramento das atividades económicas e ao isolamento social dos cidadãos
No seguimento da reunião do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro anunciou o conjunto de medidas tomadas pelo Governo para tentar ajudar a economia portuguesa em tempos de Estado de Emergência. Na conferência de imprensa desta sexta-feira, António Costa reiterou que, devido à pandemia de COVID-19, Portugal terá “três meses muito duros pela frente” e que apenas em junho será possível avaliar “os danos sofridos”.
Com o objetivo de “evitar a todo o custo os despedimentos” dos trabalhadores que atualmente não podem exercer funções devido às condições de isolamento social, o Governo planeia auxiliar as empresas e o setor do comércio com o alargamento de linhas de crédito. Outra medida que irá “assegurar a liquidez das empresas”, segundo António Costa, é o adiamento do pagamento “de dois terços das contribuições sociais” e a “entrega de IVA, IRS e IRC” para a segunda metade do ano.
No que toca ao reforço do rendimento das famílias, o Executivo irá prolongar o subsídio de desemprego, o Rendimento Social de Inserção e o Complemento Solidário para Idoso. Para além disso, o primeiro-ministro anunciou, ainda, que os contratos de arrendamento que terminam nos próximos três meses serão suspensos, devido à impossibilidade atual de procura de casa.
António Costa refere que estas decisões a nível económico do Governo, aliadas às medidas já anunciadas esta quinta-feira, são essenciais para que Portugal chegue “a junho em condições de preparar o relançamento da economia”. Atualmente, Portugal encontra-se Estado de Emergência devido à pandemia de COVID-19, sendo que, em termos nacionais, a doença já infetou mais de mil pessoas e provocou seis mortos.