#Arquivo | Giras e Terríveis: uma referência para a cultura

Em 2004 foi apresentado ao mundo Giras e Terríveis. O filme foi escrito por Tina Fey e dirigido por Mark Waters. Trata-se de uma comédia de adolescentes cujo conteúdo tem influenciado o mundo do cinema, música e televisão há mais de uma década.

Tina Fey inspirou-se no livro de autoajuda Queen Bees and Wannabes, que trata a forma como as raparigas se dividem em grupos, o comportamento agressivo de adolescentes e como lidar com elas. Esta longa-metragem é muitas vezes encarada como algo superficial. No entanto, é possível retirar vários níveis de crítica social e estudo comportamental.

Cady Heron (Lindsay Lohan), uma rapariga que viveu em África até aos seus 16 anos, tem agora de se adaptar às dinâmicas sociais de uma escola americana. A jovem inicialmente integra o grupo dos pouco populares, mas depois é acolhida pelas Plastics. Este grupo de três raparigas comanda a escola através da sua grande popularidade. O facto de um grupo de raparigas tão elitistas querer conviver com a deslocada Cady acaba por se tornar um dos aspetos mais marcantes do enredo.

O desempenho do elenco é um dos elementos vitais para o sucesso de Giras e Terríveis. A protagonista, Cady, sofre várias mutações de comportamento ao longo do filme e Lindsay Lohan é capaz de o representar de forma excelente. O grupo das Plastics é integrado por personagens que se complementam, criando em conjuntoum antagonista perfeito. As atrizes Rachel McAdams, Amanda Seyfried e Lacey Chabert têm um ótimo desempenho na sua interpretação.

A banda sonora é maioritariamente composta por músicas pop-rock contemporâneas da produção do filme. Apesar de não ser uma experiência imersiva de excelência, as músicas escolhidas marcam o tom para o resto da longa-metragem. Os cenários e guarda-roupa andam de mãos dadas e representam bem os estilos de design de interiores e de design de moda do início do milénio.

Giras e Terríveis tem vencido o teste do tempo, sendo uma das mais recentes provas disto o vídeo da cantora Ariana Grande da música “Thank You, Next”. Não é um filme incrivelmente bem produzido e não é uma das melhores representações da Sétima Arte. No entanto, é uma longa-metragem agradável e chega ao que muitos filmes de comédia não alcançam: tem piada.