Admitem estar prontos a ajudar a combater a epidemia se os dados forem transparentes.

Um conjunto de profissionais da Escola de Medicina da Universidade do Minho publicou, esta terça-feira, um apelo com o objetivo de solicitar uma maior brevidade de disponibilização à comunidade científica de todos os dados existentes sobre doentes suspeitos (confirmados ou não) de COVID-19 em Portugal.

Na carta aberta é referida a urgência da decisão política de disponibilização imediata desses dados. Com essa ação, afirmam ser capazes de encontrar recursos para que, em poucos dias, os mesmos sejam disponibilizados para benefício de todos.

“Cenários de emergência como o que vivemos atualmente requerem respostas imediatas que não se coadunam com atrasos na disponibilização de dados para a comunidade científica. A evidência é necessária agora; os dados para a sustentar eram necessários ontem.”, assenta um dos parágrafos.

É pedido, nomeadamente, dados hospitalares, dos cuidados de saúde primários e de uso de serviços como o SNS24, de forma a que a sua análise possa ser utilizada para melhorar a decisão em saúde, no que respeita à capacidade de dar resposta à pandemia COVID-19. Com a disponibilização destes dados “pseudo-anonimizados”, indicado no apelo, vai ser possível colocar os investigadores nacionais a trabalhar neles e a ajudarem o Governo e as autoridades públicas e de saúde a encontrarem as respostas mais eficazes para conter a pandemia.

Refere-se, em específico, ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e ao seu papel fundamental em vários processos e eventos.

O apelo termina com a afirmação: “existe em Portugal uma comunidade científica de grande qualidade que está disponível para ajudar a encontrar as respostas que o país necessita para fazer frente a esta pandemia e urgência de Saúde Pública no imediato mas também a médio e longo prazo.”

Todo a carta pode ser lida no site da própria escola.