De modo a evitar o risco de contágio do COVID-19, a Freguesia de Palmeira irá promover um serviço de entrega de compras a casa de pessoas em grupos de risco.

A partir da próxima segunda – feira, entrará em vigor o programa da Junta de Freguesia de Palmeira para entrega de bens e medicamentos em casa de pessoas em grupos de risco. Além disso, facilitará o processo de pagamento de faturas e fornecerá refeições a crianças carenciadas. O presidente da junta, César Gomes, explicou ao ComUM que “há um número que foi criado propositadamente para as pessoas ligarem e pedirem os produtos” alimentares e de higiene, o 969 693 883.

O presidente adiantou ainda que as encomendas serão anotadas por colaboradores da junta e serão compradas num minimercado da freguesia. “Relativamente aos medicamentos, o contacto será feito diretamente com a farmácia. Depois de ser feita a encomenda, a farmácia comunica-a e as colaboradoras vão, mais uma vez, buscar e, posteriormente, entregar os produtos.”

César Gomes reforçou que “nunca haverá contacto com a pessoa onde se fará a entrega”. O Presidente explicou que as colaboradoras estarão equipadas e seguirão o protocolo. “Será pendurada uma saca na porta com os produtos, baterão à porta e depois só arrancarão o carro quando o produto for recolhido”, exemplificou.

Após uma reunião de preparação, César Gomes reconheceu a necessidade de prestarem ainda um novo serviço, “o pagamento de água, gás, comunicações e energia”. Nestes casos, o contacto de pedido será feito na mesma pelas pessoas, incluindo a fatura que têm necessidade de pagar. “As pessoas receberão instruções para colocar a fatura e o dinheiro dentro de uma saca fechada, nós iremos recolher. Dentro das medidas de segurança, tudo será aberto numa sala própria da junta de freguesia, contabilizado e pago online, para evitar ao máximo o contacto com as pessoas”, explicou o presidente.

No documento enviado aos estabelecimentos de ensino, que estabelece normas preventivas, lê-se que “o fornecimento de refeições escolares aos alunos com escalão A da ASE deve ser garantido, devendo cada escola, em conjunto com as autarquias e os prestadores de serviço, encontrar a forma mais eficaz e segura de assegurar a refeição”.

A junta de freguesia de Palmeira explicou que a sua opção passa por “fornecer a refeição a casa, nos mesmo moldes que entregamos bens alimentares, de higiene e medicamentos.” Assim, César Gomes espera que “a escola fique completamente fora de qualquer risco de contaminação”.

Além das crianças de escalão A, o presidente da junta refere que “são conhecidos um caso ou outro de crianças que quando não há refeições na escola estão mal alimentadas.” Sendo assim, além do trabalho junto das crianças sinalizadas com escalão A, fornecerão ajuda a outros casos conhecidos. César Gomes explicou que têm “um conhecimento apertado dos casos de necessidade extrema. Até mesmo, por causa do funcionamento da parte da ação social da freguesia. Sabemos assim quem ou não tem necessidades.” No entanto, não descarta a possibilidade do “surgimento de outro caso, que terá de ser averiguado”.

Quanto ao gabinete de crise, instalado na Unidade Local de Proteção Civil da freguesia, o presidente explicou que estamos perante “um assunto novo, um assunto ainda muito desconhecido”. Apesar da população “já ter resposta automática junto dos serviços da junta”, achou “que seria necessário criar um gabinete que os iria obrigar a estar 24 horas por dia disponíveis.”

César Gomes deixa um apelo para “que respeitem aquilo que lhes estamos a pedir. Não é porque queremos que estamos a encerrar serviços, que estamos a encerrar equipamentos e locais de uso coletivo. O que nós estamos a fazer é para o bem de todos.” Refere ainda que um descuido singular pode afetar um coletivo e que “se as pessoas pensarem assim, acho que se vão consciencializar que o bem é para todos e que o mal, quando acontece, também é para todos.”