Nasceu em Lisboa em 1950, mas cresceu no Ribatejo. Escritor, compositor, músico, professor de educação física, pós graduado em psicoterapia comportamental e pintor nos tempos livres, Pedro Barroso faleceu esta segunda-feira, dia 16 de março, com 69 anos.
Com quinze anos estreou-se no teatro radiofónico na emissora nacional. Quatro anos depois, em 1969, o holofote da música brilhou sobre si no programa de Raul Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz – Zip- Zip.
Em 1970 lançou Trova-dor, e a partir daí foi sempre a somar. Pelo meio de singles e participações em peças de teatro, lança Lutas Velhas, Canto Novo em 1976, Água Mole em Pedra Dura em 1978, Quem Canta Seus Males Espanta em 1980. A lista não termina, diria que não vai nem a meio.
Roupas de Pátria Roupas de Mulher em 1987, Longe D’Aqui em 1990, Cantos d’Antiga Idade de 1994, Cantos d’Oxalá em 96 e Criticamente em 99. No início do milénio seguem-se Crónicas da Violentíssima Ternura, De Viva Voz, Navegador do Futuro, Antologia e Sensual Idade.
De 2012 a 2014 presenteia quem o ouve com mais três álbuns – um por ano. Em 2017 voltou com Artes do Futuro. A acrescentar à lista, ao longo dos anos escreve 5 livros e 2 prefácios, viaja um pouco por todo o mundo e corre todas as salas de espetáculo de Portugal. Colabora com uma outra lista de projetos e pessoas – na música e na escrita.
O último trovador nacional deixa um legado cultural incalculável para a nação. Em plena pandemia a “Menina de olhos d’água” chora enquanto Portugal perde mais um ícone cultural.