Decisão foi tomada de modo a prevenir a propagação do coronavírus, após a confirmação de um caso de COVID-19 de um aluno da Universidade do Minho.
Em despacho reitoral, presente no website, na página de Facebook e enviado por e-mail institucional aos membros da comunidade universitária, a Universidade do Minho determinou necessário suspender, por um período indeterminado, todas as atividades no Campus de Gualtar, em Braga. No que toca aos Campi de Azurém e de Couros, em Guimarães, serão reduzidas “ao mínimo essencial” as atividades que envolvam um grande número de pessoas, e confirma-se o encerramento temporário do Instituto de Ciências Sociais (ICS), o edifício 15 do Campus de Gualtar.
Segundo o despacho RT-23/2020, a decisão de cessar todas as atividades do Campus de Gualtar proveio da necessidade da Universidade do Minho “assumir uma posição que contribua ativamente para a prevenção e o controlo da COVID-19”, após recomendações dos membros do Plano de Contingência da Universidade do Minho. O reitor, Rui Vieira de Castro, em declarações ao PÚBLICO, aconselha que a utilização das instalações da universidade pela comunidade universitária seja reduzida ao “estritamente necessário”, e menciona que a universidade vai “explorar soluções de teletrabalho” para os serviços académicos e de documentação.
No despacho, a reitoria da Universidade do Minho anuncia que irão ser encerrados os edifícios partilhados do Campus de Gualtar, como bibliotecas, unidades alimentares e serviços desportivos. Menciona, também, que foi suspensa a realização de cerimónias, conferências, seminários, atividades desportivas e outros eventos semelhantes, de forma a conter a possível propagação do COVID-19.
O documento assinado pelo reitor recomenda, também, que os professores, estudantes, investigadores e trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão oriundos de países com casos confirmados de COVID-19 se submetam, de forma voluntária, a um perído de quarentena de 14 dias. Quanto ao modo de funcionamento de todas as unidades de serviços do Campus de Gualtar, como os Serviços de Ação Social, essas informações irão ser fixadas até ao final do dia 8 de março.
Na sequência da decisão, a página de Facebook da Escola de Medicina da Universidade do Minho divulgou que todas as atividades letivas da Escola de Medicina que decorrem fora do Campus em estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde foram suspensas. Todas as atividades relacionadas com a praxe foram também suspensas, após lançamento de um comunicado do Cabido de Cardeais da Academia Minhota.
Esta decisão vem na sequência do anúncio da ministra da Saúde, Marta Temido, do encerramento de várias escolas e instituições, entre elas o Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, devido a uma suspeita de um aluno infetado, que entretanto foi confirmada. A ministra mencionou, também, a suspensão de visitas a hospitais, estabelecimentos prisionais e lares na zona Norte do país.
Até ao momento, existem 21 casos confirmados e 224 casos suspeitos de infeção em Portugal.