O presidente da AAUM considera necessário que o Estado garanta que os Serviços de Ação Social não sejam asfixiados
De forma a assinalar o Dia Nacional do Estudante, a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) alerta as entidades responsáveis para a necessidade de respostas para os problemas que os alunos universitários atualmente enfrentam. Rui Oliveira, presidente da AAUM, considera que, no cenário de constragimentos causados pela pandemia de Covid-19, é também necessário “salvaguardar a flexibilidade do pagamento das propinas”.
Em declarações ao ComUM, Rui Oliveira enaltece a resposta rápida que a UMinho teve face à pandemia do novo coronavírus, considerando que foi “pioneira na transição para salvaguardar a saúde dos estudantes”. No entanto, e após várias semanas em que as atividades da UMinho se encontram suspensas, o presidente da AAUM considera que continuam a existir “imensas coisas que é preciso responder, melhorar e questionar”.
Embora Rui Oliveira considere que a “transição para o ensino digital tenha sido mais rápida do que esperava”, a AAUM afirma que é necessário garantir que as dúvidas acerca dos formatos e dos momentos de avaliação são respondidades e que nenhum estudante seja prejudicado por não ter “capacidade de acompanhar as atividades letivas” devido a dificuldades economicas ou logísticas. Como resposta, e de forma a auscultar os estudantes minhotos, a Associação Académica desenvolveu um formulário que permite que os alunos possam expôr as suas preocupações.
Para a AAUM, é necessário serem criadas “condições especiais para o pagamento das propinas e despesas com alojamento”, principalmente para “as famílias com cortes salariais”, visto que as medidas de isolamento social atualmente em vigor resultam numa quebra de rendimentos “de grande parte das famílias portuguesas”. Por isso, Rui Oliveira considera que é “necessário existir flexibilidade no que toca aos pagamentos de prestações das propinas” e que o Estado tem de garantir essa ajuda, “caso as aulas se estendam até julho ou aos seguintes meses, de modo a não asfixiar os Serviços de Ação Social”.
A Associação Académica indica, ainda, a necessidade de resposta para o alojamento estudantil a nível nacional, referindo que esse “poderá vir a prejudicar a continuidade dos estudos de milhares de estudantes deslocados de todo o país”. Para além disso, a AAUM realça também a necessidade “da reforma das metodologias de Ensino em Portugal”, considerando que deve existir uma “discussão séria e partilhada entre as Instituições de Ensino Superior” para reformular as metodologias e ferramentas de ensino à distância.
Por fim, “embora tem sido difícil para todos adaptar-nos a esta nova realidade”, Rui Oliveira enaltece a responsabilidade que os alunos da UMinho têm tido face a esta pandemia, apelando que “continuem a seguir as recomendações da Direção Geral de Saúde e do Estado português”. Deixa, ainda, “uma mensagem de apoio e força a todos os que têm, dentro das suas capacidades, andado a ajudar os estudantes”, dando ênfase ao projeto “Cuidar de quem Cuida” da Escola de Medicina e à linha de apoio psicológico da Escola de Psicologia.