A iniciativa foi realizada pelo Departamento de Geografia do Instituto de Ciências Sociais e da Escola de Engenharia.
Testar as medidas de autoproteção da Universidade Minho foi um dos objetivos da iniciativa que simulou, esta segunda-feira, uma explosão e incêndio no edifício oito do Campus de Azurém. Planeado e analisado pelos alunos do segundo ano da Licenciatura de Proteção Civil e Gestão de Território e que contou com quatro alunos do primeiro ano a encenar feridos graves, sob coordenação dos docentes do Departamento de Geografia, o simulacro contou com a participação de cerca de 150 pessoas.
Coordenado pelo Diretor da Licenciatura, António Bento Gonçalves, e pelo docente António Vieira do Departamento de Geografia, a iniciativa permitiu também assinalar o Dia Internacional da Proteção Civil, que se celebrou no passado domingo. O simulacro contou com a presença de quatro ambulâncias e quatro carros dos Bombeiros Voluntários de Guimarães e das Taipas, com os Serviços Internos de Higiene e Segurança no Trabalho da UMinho, com o Serviço de Proteção Civil da Câmara Municipal de Guimarães, com a Polícia Municipal de Guimarães e com a Policia de Segurança Pública.
Segundo António Bento Gonçalves, existem “sempre situações a melhorar e pequenas lacunas a ser detetadas, porque, às vezes nestas questões da proteção civil, dois ou três minutos fazem a diferença entre salvar e não salvar”. Os resultados do simulacro irão ser analisados rigorosamente durante a próxima semana com os alunos do segundo ano, no entanto, na opinião do Diretor da Licenciatura, a iniciativa “passou no teste, quer em termos de timings quer em termos de atuação”, sendo que “a UMinho está muito bem protegida neste aspeto.”
Para António Bento Gonçalves, o simulacro serviu para os alunos “começarem a interiorizar estas questões, que são cruciais para os exercícios da Proteção Civil.” Por sua vez, Luís Andrade, comandante-adjunto dos Bombeiros Voluntários de Guimarães e também aluno do primeiro ano da Licenciatura de Proteção Civil e Gestão de Território, afirma que é muito importante “testar as equipas de primeira intervenção, sendo eles uma peça fundamental numa situação destas.”
“É muito importante do ponto de vista da aprendizagem, não só para os estudantes como para todos os intervenientes”, menciona Madalena Oliveira, vice-presidente do Instituto de Ciências Sociais (ICS). Na opinião da docente, não se pode confundir a Proteção Civil “apenas como uma força de socorro, mas de proteção prévia até ao socorro”, daí iniciativas que simulam situações reais deste tipo serem bastante importantes, pois este é um curso que “tem uma vertente de intervenção muito grande, com a possibilidade dos profissionais que aqui se formam terem uma intervenção muito ativa.”
Como a Licenciatura de Proteção Civil e Gestão do Território da UMinho é a única em universidades públicas de Portugal continental, para o Diretor da Licenciatura são necessários, “a nível nacional, muitos mais técnicos e especialistas formados nesta área”. “Não seremos demais se formarmos cada vez mais técnicos de proteção civil com melhor formação contínua”, relembra António Bento Gonçalves, tendo em conta que planos da Proteção Civil existem em todo o lado.