A AAUM pede tolerância por parte dos docentes para com possíveis falhas por parte dos estudantes e Época Especial de Exames para todos os alunos da academia minhota
Desde 10 de março que as atividades de toda a Universidade do Minho se encontram interrompidas devido à Covid-19, tendo sido posteriormente decretado o funcionamento do ensino à distância até ao fim do semestre. A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) lançou, esta quinta-feira, um comunicado, subscrito por vários representantes de estudantes da academia, que apela à “compreensão entre pares” e “responsabilidade social para com as atividades letivas”, explicando aquilo que mudou na UMinho com a pandemia.
Em entrevista ao ComUM, o presidente da AAUM afirma que, a 26 de março, 80% das Unidades Curriculares de 1º ciclo eram lecionadas à distância. Contudo, Rui Oliveira assegura que “neste momento já existem mais UC’s adaptadas ao ensino à distância que esses 80%”. No comunicado lê-se que “devem ser rapidamente criadas as condições para que esta transição ocorra para todos os planos de curso”.
A 9 de abril, a Universidade do Minho criou o Programa de Apoio Informático a Estudantes (PAIE), enquadrado no Fundo Social de Emergência, para que os estudantes minhotos “não possam ser privados de acompanhar a atividade letiva”. Não obstante a este programa, existem ainda outras “preocupações” por parte da Direção da AAUM, como é caso da sobrecarga horária. Rui Oliveira explica que “mais de 100 são de certeza, tenho quase a certeza que chega às 200 também” as queixas que a Associação recebe via email, pelo preenchimento do formulário de exposição pedagógica e por informações vindas dos núcleos de estudantes. Acrescenta ainda que são recebidos também muitos “pedidos de explicação e para tirar dúvidas” e que, por isso, o comunicado desta quinta-feira responde ao que “neste momento existe ou não existe”.
Outros aspetos mencionados no documento são as propinas, as taxas e emolumentos e o serviço de parque de estacionamento. A AAUM manifesta-se “a favor da redução” do valor da propina, incentivando à “criação de mecanismos de emergência social” de forma a abranger todos estudantes inscritos e matriculados na Universidade do Minho. A Associação solicita, ainda, a suspensão da cobrança de taxas do parque de estacionamento e das taxas de emolumentos.
Sobre o possível regresso ao regime presencial em maio, a Associação Académica afirma que tal só deve acontecer em situações exclusivas. Como Unidades Curriculares de investigação, avaliações presenciais obrigatórias e a realização de recursos e época especial. Enfatiza que devem ser criadas condições para casos de alunos que pertencerem a grupos de risco e a alunos deslocados, “atendendo que muitos destes já cancelaram os seus contratos de residência temporária”.
Para além disso, a AAUM sugere a abertura da Época Especial de Exames a todos os estudantes de forma a “não prejudicar as avaliações decorrentes do confinamento social”. Apela, então, a uma “maior tolerância” por parte dos docentes e ao “reforço da comunicação” para elaborar formatos de avaliação “adequados a ambas as partes”.