Até ao momento, só há certeza do adiamento do princípio do ano escolar para os alunos que vão frequentar o primeiro ano de licenciatura.

O início do próximo ano letivo estava previsto para 7 de setembro. Todavia e, perante a incerteza desencadeada pela pandemia de covid-19, a atividade curricular pode arrancar mais tarde. Em declarações à RUM, Rui Vieira de Castro considera que “ainda é cedo para saber o que vai acontecer concretamente”. Reforça ainda que o trabalho da reitoria está a ser desenvolvido no sentido de começar tudo “num quadro de normalidade”.

Para quem ingressa este ano nas universidades e politécnicos isso já era uma garantia. O começo datava dia 14 de setembro, porém é inevitável o seu adiamanto, visto que as colocações iniciais só são conhecidas a 28 do mesmo mês. Tal deve-se à alteração da data dos exames nacionais do 11º e 12º anos, que servem como prova de ingresso para o Ensino Superior, para julho e para o início de setembro.

Para o reitor da UM, a atividade curricular do ensino superior sai “afetada” pelas medidas anunciadas pelo Governo, uma vez que “implicam uma alteração daquilo que era o padrão já estabilizado”. Sem revelar datas concretas, já que o modo de funcionamento da instituição em 2020/2021 está dependente da evolução da pandemia, Rui Vieira de Castro aponta a possibilidade de haver “uma alteração no calendário escolar” também para os outros anos da licenciatura.

“As decisões que tomamos internamente visam precisamente assegurar um planeamento adequado”, afirma. O reitor da academia minhota sublinha que o despacho publicado a 30 de março prevê a realização da época especial de exames entre os dias 3 e 12 de setembro e que isso pode ter “implicações nos outros anos que não o primeiro ano”.

“Procuramos um planeamento que dê alguma estabilidade para o funcionamento da instituição e não navegar à vista, não tomar decisões em função do que é a circunstância em cada dia ou em cada semana”, remata Rui Vieira de Castro.