Para além do distanciamento social e da lavagem das mãos, o uso de máscara é agora recomendado em espaços fechados e/ou em locais com um número elevado de pessoas
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alterou, esta segunda-feira, a sua abordagem face ao uso das máscaras, após um relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) indicar que a utilização deste método de proteção é importante no combate à Covid-19. A utilização dos diferentes tipos de máscaras implicam precauções, sendo que as comunitárias/sociais são as que mais cuidados requerem.
“O uso de máscaras na comunidade constitui uma medida adicional suplementar às medidas já anteriormente recomendadas”, explica Marta Temido, Ministra da Saúde, em conferência de imprensa., mencionando também que não devem ser reutilizadas as máscaras de uso único. A Ministra da Saúde refere, ainda, a existência de “três tipos de máscaras”: os respiradores, as máscaras cirúrgicas e as máscaras comunitárias.
Os respiradores (FFP2 ou N95) são “um equipamento de proteção individual destinados aos profissionais de saúde”. Menciona, também, as máscaras cirúrgicas, que devem ser utilizadas pelos profissionais de saúde, pelas pessoas com sintomas e/ou mais vulneráveis, e em determinadas profissões.
Para além disso, indica também as máscaras comunitárias/sociais, que“são dispositivos diferentes dos anteriores: não obedecem a normalização. Podem ser de diferentes materiais, por exemplo, o algodão. São destinados à população em geral, não devendo ser utilizadas por profissionais de saúde ou por pessoas doentes. Não são, portanto, dispositivos certificados”, declara Marta Temido. As máscaras comunitárias são equipamentos que não substituem nem os respiradores nem as máscaras cirúrgicas e, como tal, não conferem a mesma proteção individual. Estas proteções faciais podem ser criadas em casa e podem ser usadas em último recurso.
O uso desta forma de proteção implica que as pessoas evitem tocar nas máscaras, sendo importante referir que as mãos devem ser sempre lavadas com água e sabão antes e depois de colocar e remover a máscara. Para além disso, as máscaras caseiras devem ser retiradas quando estiverem húmidas, sendo que as de algodão e de TNT de polipropileno podem ser reutilizadas se forem lavadas com detergente e água quente, a pelo menos 40 graus Celsius, ou até se forem esterilizadas, ou seja, estarem em água a ferver durante 15 minutos.
Segundo o ECDC, as proteções faciais podem ser produzidas através de camisolas de algodão ou de tecidos de algodão, juntamente com filtros de café e elásticos. No primeiro caso, recorre-se ao corte da parte inferior da camisola, com uma largura de cerca de 18 cm. No interior desta parte, recorta-se e retira-se um retângulo de 17 a 20 cm. Por fim, corta-se pelas costuras laterais, de modo a criar atilhos que se unem com nós ou laços na parte de trás da cabeça.
No segundo caso, o filtro do café deve ser cortado a meio e o tecido dobrado também a meio, colocando o filtro no centro do tecido. Em seguida, os elásticos devem ser colocados na ponta do tecido, com as pontas dobradas para dentro. A máscara deve cobrir a boca e o nariz e deve-se ter em atenção para não deixar espaço entre a máscara e a face.