Medida abrange pessoas que se encontrem em lares e em instalações congéneres afetadas por casos de Covid-19
A Câmara Municipal de Braga anunciou, esta segunda-feira, que vai facultar as instalações e serviços da Residência Universitária Prof. Carlos Lloyd Braga, em Braga, de forma a auxiliar pessoas que se encontrem em situação de risco de contração do COVID-19. A iniciativa tem o apoio da Universidade do Minho e do Hospital de Braga.
No total, a UMinho disponibilizará, gratuitamente, 154 quartos equipados com quarto de banho, televisão, frigorífico, roupa de cama e banho, fornecendo, ainda, serviços de alimentação, mediante avaliação das necessidades. O Município de Braga, juntamente com o Hospital de Braga, irá acompanhar os novos residentes e higienizar previamente toda a infraestrutura, dando cumprimento às regras definidas pelas autoridades de saúde.
Em nota à imprensa, a autarquia bracarense esclarece que esta é uma tentativa de “criar condições para que pessoas que não têm sintomas e testaram negativamente possam ver preservada a sua saúde, assegurando uma alternativa que evite efeitos de contaminação do vírus”. Na opinião do reitor Rui Vieira de Castro, “esta é mais uma forma de a Universidade do Minho se afirmar como instituição solidária, empenhada em contribuir para ajudar as nossas populações e os nossos territórios, apoiando a ação das pessoas e das entidades que estão na primeira linha do combate à pandemia”.
Para Ricardo Rio, a iniciativa demonstra o “compromisso desta instituição para com a comunidade em que se encontra inserida, alocando os seus recursos aos objetivos comuns que prosseguimos nos mais diferentes contextos”. O presidente da Câmara Municipal de Braga acrescenta que a UMinho “teve uma resposta exemplar na sequência da primeira ocorrência registada no nosso concelho e tem estado fortemente envolvida em múltiplas dimensões da resposta a esta pandemia”.
O administrador dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM), António Paisana, agradeceu, ainda, a colaboração de todos os estudantes que se encontravam na residência, elogiando a forma como reagiram. “Todos os estudantes foram contactados para lhes ser explicado o contexto extraordinário em que vivemos, tendo reagido com grande compreensão e espírito de entreajuda ao pedido que lhes foi feito”, salienta.
Até ao momento, e segundo o reitor da Universidade do Minho, a academia já forneceu equipamentos de proteção individual aos hospitais de Braga, Guimarães e Viana do Castelo; serviços de apoio clínico e psicológico, por via digital; e encontra-se, atualmente, envolvida na produção de ventiladores e de testes para despiste da doença.