O coronavírus atingiu vários setores da sociedade, e a cultura não foi exceção. Na última terça-feira, António Costa recebeu os promotores de espetáculos, que veem a sua atividade em risco devido à Covid-19.
A reunião que decorreu nesta terça-feira, 28 de abril, teve como objetivo discutir as “angústias e preocupações” sobre a paralisação da cultura por causa da Covid-19. A conferência contou com a presença do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, da ministra da saúde, Marta Temido, e da ministra da cultura, Graça Fonseca. Os promotores de diversos eventos culturais em Portugal estiveram também presentes.
Vários festivais foram já adiados para 2021, como é o caso do Rock in Rio, do Boom, do festival Músicas do Mundo e do NOS Primavera Sound, que passou de junho para setembro. Segundo Álvaro Covões, responsável pelo festival NOS Alive, são já cerca de 27 mil os espetáculos adiados ou cancelados.
Todo o cuidado é pouco, e dessa forma, Graça Fonseca não deixou clara uma posição relativamente à realização de espetáculos de verão, que contam com grandes aglomerados de pessoas, adiantando apenas que a atividade cultural sofrerá “uma abertura progressiva”. A ministra da cultura explicitou aos jornalistas que foram ouvidas todas as preocupações e desafios que vão pôr os promotores de espetáculos à prova.
Roberta Medina e Álvaro Covões não adiantaram detalhes do que ficou acordado na reunião. A responsável pelo Rock in Rio agradeceu a disponibilidade do Governo em ouvir os organizadores de festivais e Álvaro Covões defende que a retoma da atividade cultural terá que ser “progressiva e em segurança”.
Com o estado de emergência na eminência de ser levantado, fica então no ar a dúvida de quando é que a cultura pode voltar à atividade “normal”. Para já, a única certeza que se tem é que a retoma será gradual e dentro de regras de segurança.