A celebração em videoconferência contou com cerca de 150 participantes, onde se apresentaram os novos cursos que vão constar do programa da EPsi.

A Escola de Psicologia da Universidade do Minho (EPsi) celebrou, esta quarta-feira, o 11º aniversário, via videoconferência. Contando também com a presença do reitor Rui Vieira de Castro, o presidente da EPsi, Miguel Gonçalves, avançou que a instituição vai contar com uma nova licenciatura e seis novos mestrados no ano letivo de 2021/2022, frisando também a necessidade de reestruturação do corpo docente.

O presidente da Escola de Psicologia revelou que foram submetidos sete novos cursos à Comissão Pedagógica do Senado – uma licenciatura e seis mestrados – cujas candidaturas são finalizadas durante este mês. Considerando que o “mestrado integrado deixará de existir em 2021/2022”, não será uma transição simples. Contudo, Miguel Gonçalves garante que a escola não vai deixar que os alunos saiam prejudicados pelo processo de mudança.

O dirigente da escola manifestou a sua preocupação pelo corpo docente e explica que houve uma redução de cinco docentes no período de 2011 a 2020. Esta perda “nunca foi compensada” com novas contratações. Embora a escola tenha conseguido prosseguir, Miguel Gonçalves teme que “com o envelhecimento do corpo docente, a viabilidade e a vitalidade da escola pode estar em risco”. Apesar do apoio dos investigadores, o presidente reitera que a escola possui um corpo docente “demasiado diminuto para realizarmos o trabalho nas múltiplas frentes em que estamos envolvidos”. Para ultrapassar as adversidades, apresentou o compromisso com a reitoria que inclui “envolver os investigadores na docência e converter alguns lugares convidados a que teremos direito em docentes de carreira”.

Rui Vieira de Castro, reitor da academia minhota, concorda que o corpo docente da EPsi está “aquém”, comparativamente ao número de estudantes que acolhe. Deste modo, refere que a mobilização de investigadores para a docência é “uma estratégia que lhe parece adequada”. Em atenção às “mediações tecnológicas” utilizadas para a celebração, o reitor elogiou a iniciativa e caracterizou-a como “um sinal de esperança”.

A retrospetiva do presidente incluiu ainda outras conquistas alcançadas no ano transato. Entre as quais, salientou os “dois importantes fluxos de trabalho” criados no Conselho Pedagógico. Um para monitorizar a qualidade do ensino e outro designado PsiAcolher com vista à integração dos alunos e à prevenção do abandono escolar. Além dos 200 artigos indexados na “Web Of Science”, Miguel Gonçalves salientou ainda a primeira edição do mestrado em neuropsicologia clínica, o “aumento exponencial de inscritos” no programa de doutoramento. E também o primeiro projeto financiado da APsi como entidade proponente.

A escola mantém lugar de destaque em psicologia de justiça, neurociência psicológica, psicoterapia e psicopatologia, entre outras. Neste sentido, Miguel Gonçalves atentou que o centro foi avaliado “mais uma vez com a qualificação de excelente”. É, agora, um dos quatro centros nacionais da área da psicologia “com a classificação máxima”. O presidente da EPsi apelou que a próxima presidência deverá dar continuidade ao crescimento “de modo sustentado”, sob o risco de “anos de formação e investigação poderem ser irremediavelmente perdidos”.