Marcelo Rebelo de Sousa: “Como diz o povo, nós não queremos morrer na praia”
A renovação do Estado de Emergência irá vigorar até às 24 horas do dia 2 de maio
Esta quinta-feira, após os pareceres favoráveis do Conselho de Ministros e da Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa explica aos cidadãos portugueses as razões pelas quais renova, por mais uma vez, o Estado de Emergência nacional. Em comunicação ao país, o Presidente da República considera que é necessário “evitar a desilusão de, por precipitações em abril, deitarmos a perder maio e ainda o que se vai seguir”.
Marcelo Rebelo de Sousa, a partir do Palácio da Ajuda, em Lisboa, deseja que esta seja a última renovação do Estado de Emergência, afirmando que abril é o “mês decisivo para ganharmos a segunda fase” de prevenção do novo coronavírus. Após congratular o comportamento dos cidadãos durante o período da Páscoa, o Presidente da República explicita as três razões que o levaram a renovar, por uma segunda vez, o Estado de Emergência.
Em primeiro lugar, Marcelo Rebelo de Sousa considera que “a nossa tarefa nos lares precisa de mais algum tempo”, mencionando que é imperativo detetar, isolar e despistar casos “para quem lá vive mas também para quem está cá fora”. Para além disso, o Presidente da República afirma que é importante “continuar a estabilizar o número de internamentos para assegurar a resposta do Serviço Nacional de Saúde”.
Por último, Marcelo Rebelo de Sousa considera que esta renovação da prorrogação do Estado de Emergência irá dar tempo e espaço ao Governo para definir, da melhor forma, “a abertura gradual da economia” no fim de abril, “com a preocupação de criar confiança e segurança dos portugueses”. O Presidente da República afirma, também, que “tudo dependerá do que conseguirmos até ao fim de abril”.
Marcelo Rebelo de Sousa destaca que é necessário resistir às “facilidades tentadoras”, de modo a “deitarmos a perder maio e ainda o que se vai seguir”. Embora bastante esteja “a ser ganho”, o Presidente da República alerta que “ainda falta o mais difícil”, e, por isso, “como diz o povo, nós não queremos morrer na praia”.
Aludindo aos esforços dos cidadãos, Marcelo Rebelo de Sousa refere que os resultados positivos conseguidos até agora são “fruto também daqueles que há mês e meio ou mais demonstram que não tem preço salvar vidas”, e “da solidariedade de todos, com disciplina, zelo, determinação e coragem”. O Presidente da República termina a comunicação afirmando que, “se isto é um milagre, então nós, povo português, somos um milagre vivo há quase nove séculos. Se isto é um milagre, o milagre chama-se Portugal”.