A 29 de abril de 1980 o mundo acordava com a notícia da morte de Alfred Hitchcock. Embora deixássemos de sentir a presença física do “mestre do suspense”, 40 anos depois, as suas grandes inovações no mundo cinematográfico perduram nas gerações que se seguiram.

Nascido em 1899, o londrino ingressou cedo nas lides da Sétima Arte, como designer. Depois de alguns anos na retaguarda, assumiu a direção de um filme de sucesso, The Lodger (1927), que ajudou a dar a conhecer o género de suspense, até à data pouco explorado. Por consequência, o talento do inglês saiu além-fronteiras e Hitchcock viajou até Hollywood.

Alfred Hitchcock

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Após colocar o cinema britânico no mapa, estava na hora de revolucionar a indústria americana. Uma das produções de mais sucesso do realizador é Rebecca, a Mulher Inesquecível (1940), que arrecadou o Óscar de Melhor Filme no mesmo ano. Surpreendentemente, é a única produção do afamado diretor a vencer o maior prémio do cinema.

Alfred Hitcock não parou e o seu trabalho foi cada vez mais reconhecido. Na sua filmografia, destacam-se os aclamados títulos: Difamação (1946), A Janela Indiscreta (1954), A Mulher Que Viveu Duas Vezes (1958), Psico (1960) e Os Pássaros (1963).

Além de produzir, é eternamente conhecido pela curta participação em quase todos os seus filmes. A pegada do britânico-americano no cinema passa pelo uso da câmara, com o zoom na cara dos protagonistas. Ao juntar a isto as músicas surpreendentes, conseguia transparecer ainda mais o medo e a ansiedade perante as diferentes tramas produzidas.

É inegável o contributo de Hitchcock para o desenvolvimento do cinema. Sem as suas explicações nas entrevistas, todo o trabalho além do enredo seria certamente mais pobre e sem graça. Para muitos, é a figura mais influente na Sétima Arte e, até aos dias de hoje, os realizadores utilizam muitas das suas técnicas, que se mantêm atuais.