Günter Grass, vencedor do prémio nobel da literatura em 1999, faleceu há cinco anos, no dia 13 de abril. O autor, romancista, dramaturgo, poeta, intelectual e artista plástico alemão alternou a sua carreira entre as suas duas grandes paixões: a escultura e a literatura.
Nasceu a 16 de outubro de 1927, em Danzigue. Contudo, a sua nacionalidade era alemã. Com uma juventude atribulada, aos 17 anos foi recrutado pelo exército alemão para combater na II Guerra Mundial. Posteriormente, foi aprisionado por soldados norte americanos e só em 1946 foi libertado. Os primeiros anos após a sua libertação foram passados a exercer profissões ligadas à agricultura e como aprendiz de mineiro.
Em 1948 foi admitido no curso de pintura e escultura da Academia de Artes de Dusseldorf. Foi a partir desta fase da sua vida que começou a alternar entre a escultura e a escrita.
Apesar de tudo, o autor não é reconhecido apenas pelas suas criações artísticas, mas também pelo seu ativo envolvimento na vida pública do seu país. Günter Grass acabou por tornar-se famoso ao contestar ativamente ideias nazis, as mesmas que marcaram a sua juventude. O mesmo se deu pela sua dedicação,desde a década de 70, a temáticas como a ecologia, o feminismo ou o pacifismo.
Quanto à sua criação literária, podemos destacar a trilogia de Dunzig, constituída pelas obras O Tambor (1959), O Gato e o Rato (1961) e O Cão de Hitler (1963). Foram as últimas que lhe valeram mais expressão a nível internacional. No entanto, foi em 1999 que o seu trabalho foi finalmente destacado, ao ganhar o Prémio Nobel da Literatura.
Günter Grass faleceu a 13 de abril de 2015 em consequência de uma infeção pulmonar. Porém, as marcas da sua obra e ativismo vão ficar eternamente presentes nas memórias de todos aqueles que com elas contactaram.