O Programa Acompanhar, do município de Vila Nova de Famalicão, chega a 613 crianças e jovens de todos os níveis de ensino.
Com o início do 3º período, o pelouro da Educação do Município de Vila Nova de Famalicão redimensionou este programa de capacitação cidadã, ajustando-se a uma rede de apoio à distância imposta pelo contexto de pandemia.
Ao abrigo do Programa Acompanhar, o município de Famalicão capacita e apoia centenas de crianças e jovens. Trata-se de uma rede montada, há cinco anos, com as escolas, com as associações juvenis e com os parceiros do terreno que, agora, foi necessário adaptar. Esta rede, cimentada ao longo dos últimos anos, é a chave para o sucesso do trabalho que está a ser desenvolvido. “O município não faz nada sozinho”, afirma Abraão Costa, técnico do município responsável pelo projeto.
É um programa que capacita as crianças e jovens com competências de inteligência emocional e sociais. Competências que o técnico considera essenciais no período que vivemos e que “vão ser estas competências que lhes vão permitir dar resposta em outras situações” esclarece Abraão Costa.
Refere, ainda, que este programa foi considerado “uma prática a replicar por parte da direção geral de educação”. Contudo o técnico admite que os alunos com necessidades educativas especiais, jovens com deficiência, têm sido um desafio enorme e “uma aprendizagem constante”. Considera que é “um trabalho coxo porque tem mesmo de ser feito presencialmente”.
As equipas pedagógicas são integradas por um mentor e por tutores de pares, jovens pouco mais velhos que já saíram do programa. Neste momento, mais de 20 estudantes de Universidade do Minho são tutores de pares, figuras cruciais, referências para as crianças e jovens. “Não interessa de onde vens, o que interessa é o potencial que podes usar em teu favor e em favor da tua comunidade”, salienta o responsável pelo projeto.
Com o decretar do encerramento das escolas, em articulação com os Agrupamento de Escolas e Escolas Profissionais, foi possível melhorar as respostas de capacitação à distância, fruto da disponibilização de mais equipamentos informáticos e soluções de conetividade online. Mantiveram-se as respostas de proximidade, nomeadamente nos contextos de maior risco de exclusão como são os Complexos de Habitação Social e alguns aglomerados populacionais do concelho mais fustigados por bolsas de pobreza.
Desta forma, segundo o vereador da educação, Leonel Rocha “foi possível, apesar das circunstâncias, manter a resposta pedagógica de proximidade e de capacitação para a grande parte dos jovens do Programa Acompanhar, promovendo assim uma maior igualdade de oportunidades no acesso à educação plena e integral numa fase de tantas incertezas.”