Vibrante, intenso, fresco e carregado de energia com uma pitada de nostalgia. É assim que se descreve o regresso de All Time Low com o oitavo disco Wake Up, Sunshine. O novo trabalho da banda captura a sua essência original ao mesmo tempo que lhe acrescenta uma versão mais arrojada.
All Time Low marcou gerações ao longo dos anos, faz parte de milhares de histórias e recordações. Voltaram com 15 novas faixas em que o equilíbrio entre o Pop e Punk é mais do que evidente, não fosse essa a essência da banda. A mensagem que pretendem transmitir é clara, há luz no final do túnel- algo que se agradece nos tempos que vivemos.
“Some Kind Of Disaster” abre generosamente o álbum. A voz de Alex Gaskarth entra poderosa numa faixa que se revela energética e liricamente forte. Uma ótima aposta da banda que transporta de volta aos anos 2000.
Segue-se “Sleeping”, com letra marcante e um ritmo que vicia. A produção em torno das vozes, o regresso dos riffs Pop Punk engrandecem o tema e trazem de volta a essência de All Time Low que conquistou fãs em todo o mundo. No mesmo registo, está “Getaway Green”: explosiva, com uma produção que não deixa nada a apontar e um ritmo cativante.
A bateria e as cordas entram com toda a força em “Melancholy Kaleidoscope”, ao contrário de “Pretty Venom”, que tem um arranjo simples, mas bem construído. É uma balada que acalma o coração enquanto a panorâmica do som e das harmonias engrandecem a faixa.
“Trouble Is” realça o lado mais emotivo através da letra mais melancólica e sentimental trazendo nostalgia pela letra melancólica e sentimental. Do mesmo modo, All Time Low vinca o sentimento nostálgico em “Glitter & Crimson” com uma letra incrivelmente bem escrita e uma produção fascinante.
All Time Low recolhe todas as influências passadas numa só canção, “Wake Up, Sunshine”. É uma peça fundamental no todo do álbum, com influências Rock, uma guitarra vibrante e um refrão que se entranha. O sentimento de esperança que tentam transmitir pela letra não passa despercebido.
“Monster” rompe com a dinâmica do álbum. Tem um ritmo bem marcado ao som da bateria e guitarra e está clara a mistura Emo dos anos 2000. A colaboração de Blackbear faz a faixa ir mais além na medida em que interrompe o refrão expectável.
O que há mais para louvar em “Favorite Place” é a lírica. “Safe” também ganha muito pela letra. Além disso, é uma faixa que cresce à medida que se escuta. Entra com estrofes de melodia suave, mas segue com um refrão explosivo.
“January Gloom” e “Summer Daze” são canções que se complementam e ligam. Ainda que defiram em alguns aspetos, a bateria marcante proporciona-lhes uma essência Rock diferente do resto e são das faixas mais sedutoras do trabalho. O ritmo bastante energético está, também, presente em “Clumsy”, um tema que rejuvenesce o álbum. Além dos excelentes arranjos, do impacto da guitarra, e da montagem, tem uma letra mais madura que marca a autenticidade da banda.
Era impossível finalizar o trabalho de melhor maneira do que com “Basement Noise”. É a história sobre o passado e as recordações da banda. É o ponto final excelente para terminar aquele que é o oitavo álbum de All Time Low.
Não há uma única faixa que possa ser considerada má, pelo contrário. Seja qual seja o estado de ânimo, Wake UP, Sunshine tem a incrível capacidade de provocar um sorriso, um movimento involuntário da cabeça, a marcação de ritmo com o pé ou vontade de dançar.
Ao mesmo tempo o projeto invade de nostalgia qualquer pessoa que o ouça. É um álbum que transborda boa disposição e a energia tão própria a que All Time Low já nos tinha habituado. Certamente, um marco na discografia banda que acompanhou gerações.
Artista: All Time Low
Álbum: Wake Up, Sunshine
Editora: Fueled by Ramen
Data de Lançamento: 3 de abril de 2020
Janeiro 17, 2022
adorei a sua crítica, você tem a mesma visão das músicas dessa banda que eu tenho, principal da trouble is.