Stevie Wonder comemora esta quarta-feira, dia 13 de maio, 70 anos de vida. O cantor de Soul acumula 25 grammys, mais do que qualquer outro músico alguma vez ganhou, mas são o seu carisma e motivação política que o tornam ainda hoje um nome pelo qual todos têm respeito.
O amor pela música corre-lhe nas veias desde pequeno: em criança já fazia parte do coro da igreja e tocava vários instrumentos como piano, bateria e baixo. O seu primeiro contrato oficial surge aos 11 anos de idade com Tamla Records.
Sob o nome de Little Stevie Wonder, lançou os seus primeiros álbuns nos anos 60. A grande fama é alcançada com “Fingertips” e o artista de apenas 13 anos é lançado para o mundo. Com grande êxito, vêm grandes mudanças e o seu nome artístico passa oficialmente a ser Stevie Wonder, para frisar que de Little tinha pouco.
A década de 60 trouxe vários sucessos e ao fazer uma cover de “Blowin in the Wind”, êxito de Bob Dylan, expõe pela primeira vez a sua consciência social através da sua arte. Inicia o seu trabalho como compositor, escrevendo músicas para si e para os colegas de trabalho. Em 1968 cria um pseudónimo, Eivets Rednow, o seu nome lido de trás para a frente, com o qual lança nova música. Apesar de esta ter fracassado, ressaltou a versatilidade e vontade de inovação do músico.
Ao longo dos seguintes anos aparecem os grandes hits que continuam a passar de geração em geração, como “Superstition”, “I Just Called To Say I Love You” e “Isn’t She Lovely”. O seu envolvimento em assuntos de carácter político vai também aumentando e Wonder afirma-se como ativista dos direitos humanos. Em 1984 ganha um prémio que dedica a Nelson Mandela, indiferente às consequências do ato, e em 2009 as Nações Unidas dão a Stevie Wonder um novo nome: Mensageiro da Paz.
O cantor esteve envolvido em movimentos que juntam a música e a solidariedade, como o célebre tema “We Are The World”, dedicado à fome passada no continente africano e “That’s What Friends Are For”, salientando a urgência da luta contra a SIDA. Criou fundos de doação para crianças com deficiências, particularmente invisuais, e ofereceu ajuda monetária a famílias menos favorecidas.
Artistas como Michael Jackson, Elton John, Tupac Shakur e Whitney Houston, entre muitos outros, confessaram ter Stevie Wonder como fonte de inspiração e motivação. E como a idade nunca foi impedimento, continua ativo no presente, tendo colaborado com músicos de outras gerações como Ariana Grande, em 2016.
O valor de Stevie Wonder é inegável. Constatou que “Como artista, o meu propósito é comunicar uma mensagem que tenha poder de melhorar a vida de todos”. E assim esperamos que continue a ser por muitos mais anos.