Surfin’ U.S.A. é o segundo álbum de estúdio da banda de Rock americana The Beach Boys. O álbum completou 57 anos em 2020, depois do lançamento a 25 de março de 1963 junto da discográfica Capital Record.
É um álbum marcante da época e representativo do estado de espírito juvenil da banda. Chegou ao top dois nos Estados Unidos e recebeu inclusive o certificado de Ouro pela RIAA – Recording Industry Association of America.
Com o lançamento de Surfin’ U.S.A. todos sabiam quem eram os The Beach Boys ou pelo menos, o seu nome. É um álbum inspirado no som de Chuck Berry e nos instrumentais “de Surf”. Apesar destas adaptações ou inspirações, algumas das músicas destacam-se por não se enquadrarem no modelo criado para o álbum.
A capa é composta por uma enorme onda na Sunset Beach (Oahu) no Havai com um surfista e representa atitude, verão e liberdade assim como as músicas do Surfin’ U.S.A..Na parte de trás conta com uma divisão de versões mono e stereo algo de destacar para os fãs mais musicais.
A fotografia foi tirada para uma revista de Surf, porém, com a destruição da fotografia original, acabou por não ser usada. Ao saber do sucedido a banda contactou o fotógrafo, John Severson, de forma a dar uso à imagem no segundo álbum que estaria a caminho.
“Surfin’ U.S.A.”, o primeiro single do álbum, é a música mais conhecida de todo ele. Tem uma letra divertida, ritmada e de verão. Foi inspirada na música “Sweet Little Sixteen” de Chuck Berry a quem deram todos os créditos. Com a melodia de Chuck Berry, o piano do Brian, a letra relacionada com o surf e os vocalizos/harmonia temos um hit. É um clássico.
“Shut Down” é o segundo single escolhido pela banda e foi também um dos favoritos. Descreve uma corrida e a persistência do uso da expressão “Shut it off” demonstra uma enorme vontade de vencer que é alcançada no final quando ouvimos “Shut it off, shut it off/Buddy now I shut you down”.
“Lonely Sea” é provavelmente a primeira música a transmitir uma emoção distinta ao ouvinte. Uma música muito bonita com vocalizos e uma lead vocal de partir o coração. Com tanta alegria e agitação esta música destaca-se pela diferença.
“Farmer’s Daughter” distingue-se pelos vocalizos e pelos maravilhosos falsetos de Brian. Tais características tornam a faixa uma das mais ouvidas do grupo.
“Honky Tonk” é um pouco mais lenta do que o habitual para além de ser apenas um instrumental. Não se destacou tanto para mim apesar de manter bem preciso todo o ambiente que é de destacar no álbum. “Stocked”, apesar de semelhante a “Honky Tonk” é uma composição original da banda o que a destaca.
“Surf Jam” é uma original de Carl Wilson e também outra composição focada no instrumental. Nesta, a guitarra quebra a tendência e torna-a numa música muito boa de ouvir e não repetitiva.
“Misirlou” é um cover de uma adaptação de Dick Dale e dos The Del Tones. Apesar de não ser uma original é um trabalho muito bem concebido principalmente pela guitarra que novamente dá um toque essencial.
“Noble Surfer” e “Lana e Let’s Go Trippin” são músicas que não se destacam tanto no álbum não lhes retirando a sua qualidade. “Cindy, oh Cindy”, “The Baker Man” e “Land Ahoy”, apesar de serem um bónus no álbum, são composições que apesar de o completarem se destacam por serem prescindíveis no projeto. Para acabar bem o álbum, temos a música “Finders Keepers” que começa com um bom Rock’N’Roll ao som do piano.
O álbum é uma junção de peças e de inspirações. Algumas músicas são dispensáveis mas sendo este o segundo álbum da banda o trabalho fascina e deu a conhecer um grupo que se afirma agora como um ícone da música. Por muitas vezes que ouçamos, soa sempre a algo novo, nunca passa de moda.
Artista: The Beach Boys
Álbum: Surfin’ U.S.A
Editora: Capitol Records
Data de lançamento: 25 de março de 1963