O objetivo do movimento nacional “Académicas” é promover a discussão à volta do funcionamento do Ensino Superior em Portugal.
Nasceu esta sexta-feira um movimento que une as Associações Académicas das Universidades de Aveiro, Algarve, Beira Interior, Coimbra, Évora, Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro. No comunicado de imprensa, o “Académicas” afirma que a iniciativa surgiu a partir da necessidade de uma “reflexão profunda” acerca do Ensino Superior. A pandemia do coronavírus contribuiu para esta discussão, tendo em vista uma “oportunidade de mudança e evolução” para o futuro do Ensino e possíveis reformas.
As reformas do Ensino Superior vão ser, segundo Rui Oliveira, “fruto daquilo que é a reflexão” entre as associações. O presidente da AAUM apontou para dois assuntos “que são urgentes trabalhar”, nomeadamente, o alojamento e a questão do abandono escolar. Durante as próximas três semanas, o “Académicas” vai realizar um ciclo de conferências intitulado “Universidade depois da Pandemia?”, onde vão ser discutidos o ensino, a avaliação, a ação social e financiamento.
As Associações Académicas destacam também a “falta de interesse” por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e a “desconsideração” que receberam em tentar entender aquilo que são as preocupações dos estudantes. Assim, as associações afirmam-se sempre como a “solução e nunca parte do problema”.