Angelina Jolie completa esta quinta-feira, dia 4 de Junho, 45 anos de idade. A estrela de Hollywood é muito mais do que a maioria julga. De ícone rebelde e sensual a uma atriz e realizadora de maturidade, ativista acérrima e mãe dedicada, nunca deixou o trabalho de lado por um segundo.
Angelina Jolie Voight nasceu em Los Angeles, na Califórnia. Apesar de ser filha de dois atores, o seu interesse pela arte veio de ver filmes com a mãe, não de pensar na carreira dos pais. Aos cinco anos, participou no filme Lookin’ to Get Out (1982), ao lado do seu pai, Jon Voight.
A separação dos seus pais levou a que fosse viver durante algum tempo para Nova Iorque. Foi aí que decidiu que queria estudar teatro, o que acabou por fazer durante dois anos, conseguindo simultaneamente aparecer em várias produções.
Contudo, o interesse de Angelina Jolie pelo cinema e teatro não tinha vindo para ficar. A atriz começou a frequentar a Moreno High School, onde se tornou uma “punk estranha”, pintou o cabelo de roxo e participou em rituais sadomasoquistas.
Aos 16 anos, formou-se na escola e alugou o seu próprio apartamento, mas as coisas não ficaram mais estáveis. Até aos 20 anos, a artista tinha bastante dificuldade em gerar empatia com outras pessoas e começou a autoflagelar-se. Lutou com problemas de insónias, um transtorno alimentar grave, um sério problema com drogas e uma depressão. Tentou, inclusive, suicidar-se duas vezes. Apenas quando adotou o seu primeiro filho, Maddox, é que a sua vida se tornou um pouco melhor.
Ainda durante a sua fase atribulada, Angelina Jolie tinha começado a atuar profissionalmente, mas era difícil passar nas audições devido ao seu comportamento. Conseguiu, contudo, aparecer em cinco filmes que o seu irmão realizou enquanto estudava na USC- Schollof Cinema Television.
O seu primeiro papel profissional foi em 1993, com Cyborg 2, um filme de ficção científica. Continuou a participar em alguns filmes e a ganhar a atenção de alguns espectadores mais atentos. Apesar de tudo, a sua carreira só começou a subir após ganhar o Globo de Ouro pelo desempenho num filme biográfico de George Wallace, em 1997.
Apesar do prémio, Angelina Jolie só ficou verdadeiramente conhecida após a sua interpretação de Gia Carangi, no filme Gia (1998) e a sua carreira só estabilizou beneficamente após ter conseguido o papel de Lara Croft em Tomb Raider (2001). A atriz americana teve de fazer sotaque inglês e realizar um longo treino de artes marciais. Apesar de o filme não ter sido bem recebido, a sua performance só gerou elogios.
Em 2005, conseguiu o papel para a comédia Mr. e Mrs Smith, que foi bastante elogiado pela sua química com o ator Brad Pitt, com o qual acabou por se casar e ter cinco filhos. Mais recentemente, podemos encontra-la nos filmes Maléfica (2014) e Maléfica: Mestre do Mal (2019), um live-action inspirado na estória da Bela Adormecida.
Para além de prémios no cinema e relações amorosas atribuladas, Angelina Jolie tem muito mais para oferecer do que julgam. É embaixadora do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e realiza imensas visitas filantrópicas e humanitárias a países mais necessitados. Demonstra uma enorme preocupação face à conservação ambiental e ao desenvolvimento comunitário, bem como face à imigração e educação infantil. A atriz está ainda envolvida em diversas causas relacionadas com o empoderamento feminino e a prevenção do abuso sexual e a salvaguarda dos direitos das mulheres.
Angelina Jolie é, de facto, uma mulher bonita. Contudo, 45 anos de feitos muito mais relevantes do que a simetria e a boa genética deixariam a esperar que a artista deixasse de ser falada pela sua figura e relações amorosas em capas de revistas cor-de-rosa. Comecemos a encará-la como a ativista que é, como a atriz dotada que já se provou inúmeras vezes e como alguém com um poder de superação e espírito trabalhador admiráveis.
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