Questões relativas ao final do ano letivo e ao recomeço do ensino no próximo ano guiaram a conversa entre o reitor e os estudantes da academia.

“Reitor conversa com… Estudantes” teve lugar, esta terça-feira, na Universidade do Minho, e contou com a presença de Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho, de Rui Oliveira, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), de Laurinda Leite, vice-reitora para a Educação, de Manuel João Costa, pró-reitor para os Assuntos Estudantis, e de vários alunos. A conversa rondou as implicações de fazer migrar o “ensino presencial para ensino remoto” e as tentativas de preservação do quadro de estabilidade para “garantir a continuidade da aprendizagem” nos processos educativos.

Um dos temas do debate foi a “manutenção da propina”, ao qual Rui Vieira de Castro garantiu “não haver razões, neste momento, para rever” o valor atualmente fixado das propinas e que, por isso, se vai manter. O reitor confirmou, também, que não serão tomadas medidas generalizadas relativamente a esta questão das propinas, mas que serão atendidas “as condições próprias de cada caso e de cada estudante”, caso se justifique, apelando ao sentido de justiça da comunidade estudantil.

Foram apontadas ainda várias previsões para o próximo ano letivo, “admitindo sempre a possibilidade de ter de recorrer a alguma atividade de ensino a distância”. Relativamente à utilização dos espaços, “laboratórios e anfiteatros”, prevê-se uma “redução significativa das suas capacidades de acolhimento”. O acolhimento dos “20 mil estudantes” vai exigir a tomada de diferentes medidas, como a inclusão da manhã do “dia de sábado como parte integrante da semana de trabalho”. “O alargamento do horário diário” será uma outra medida de maximização da rentabilização das instalações disponíveis, que funcionarão entre “as oito da manhã e fecho do dia às oito da noite”.

“Os estudantes dos primeiros anos”, válido para as licenciaturas, mestrados ou doutoramentos, vão ser, de acordo com Rui Vieira de Castro, “privilegiados nesta criação de condições para experiência presencial”. Determinadas as “componentes de formação que requerem experiências” necessariamente presenciais, como o caso do “trabalho de natureza laboratorial ou das visitas de campo”, estas foram indicadas como prioritárias.

O reitor confessa acreditar que o ensino tecnologicamente mediado “não tenho sido uma experiência absolutamente exuberante para todos”. Garantiu, ainda assim, que esta não foi uma opção, mas antes uma imposição que trouxe, de certa forma, “desenvolvimentos importantes”. “Obrigou a universidade a reforçar a capacidade de armazenamento e transmissão” da estrutura informática, admite. Salienta ainda o apoio providenciado “aos docentes que não estavam habituados a este regime de funcionamento” como um progresso da instituição.