Cachupa Psicadélica apresenta o álbum “ Pomba Pardal”, no contexto das “7 Quintas Felizes”.
A banda Cachupa Psicadélica apresentou-se esta quinta-feira, 24 de julho, no Theatro Circo com uma energia contagiante que se fez sentir mesmo antes de entrarem em palco. As luzes em tons azuis e os sons alusivos à natureza deixaram o público relaxado e pronto a apreciar o que se iria suceder.
O foco do espetáculo foi o mais recente álbum “Pomba Pardal”. No entanto, houve tempo para tocar temas mais antigos presentes no primeiro projeto, “Último Caboverdiano Triste”. Os temas da banda variam, mas alguns dos mais marcantes foram sobre a vivência numa relação tóxica, a procura por um lugar num mundo e não ter medo de errar. As ideias foram apresentadas tanto nas próprias músicas, “Tornado bispo”, “Pê d’vent” e “Lambê Lambê”, como em discursos feitos pelo vocalista, entre as canções.
O destaque da noite vai para a última canção tocada “Lagoa d’fogo”, um tema em que os artistas mostraram um lado mais explosivo. A música oficial conta com a participação do cantor Flak, mas, nesta edição, Braga presenciou a aliança entre os Cachupa Psicadélica e o bracarense, Fernando Fernandes. Os dois músicos juntaram-se numa série de gritos intercalados “No justice, no peace” e “Braga acorda!” ligando-se, assim, aos vários movimentos anti-racismo que se espalham pelo mundo.
Mesmo dentro das limitações recomendadas pela Direção Geral de Saúde, o espetáculo encontrou um público recetivo à energia dos Cachupa Psicadélica, que receberam uma ovação universal por parte do público. Toda a gente usou máscara e foi garantida a segurança e ordem na entrada e saída das pessoas.