As vagas destinam-se aos estudantes que realizaram o secundário através de cursos profissionais ou artísticos especializados.

Vão ser implementadas novas vagas nos concursos especiais de acesso ao ensino superior, no próximo ano letivo. O objetivo é “alargar a base social” de candidatos aos “alunos que não são provenientes de cursos secundários científico-humanísticos”, segundo a nota do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

O novo modo de ingresso deu já origem a três consórcios de instituições do Ensino Superior, de acordo com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP). Para a admissão, será necessário efetuar exames específicos. Estão disponíveis 2.370 novas vagas num total de 456 licenciaturas.

Nos consórcios inserem-se, além dos politécnicos, as universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro, Évora, Algarve, Madeira e Açores. As provas têm data marcada na semana de 20 a 24 de julho. No Norte e Sul decorrem dia 24, no Centro abrangem os dias 21, 22 e 23.

Atualmente, cerca de 45% dos alunos do secundário integram estes cursos, mas não seguem para o ciclo de estudos seguinte. A iniciativa parte do objetivo de que, até ao final da legislatura, 40% dos estudantes (cerca de 10 mil) das vias profissionalizantes prossigam com os estudos. Segundo o MCTES, a prioridade passa por elevar o nível de qualificação e as competências da população nacional.

O concurso em questão foi adequado às condições específicas dos estudantes destes cursos, de modo a avaliar as competências necessárias para a frequência do ensino superior. No mesmo contrato, pretende-se ainda alargar a participação de adultos, para que formem, até 2023, 10% dos novos estudantes inscritos nas licenciaturas de politécnicos e universidades.

Sendo supranumerárias, não interferem com as vagas já fixadas nos concursos integrados no regime geral de acesso ao ensino superior nem prejudicam a sua disponibilidade.