Os pais dos alunos em questão manifestaram-se, esta terça-feira, junto do Ministério da Educação, criticando a falta de apoios e de condições de segurança no retorno escolar.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof), em colaboração com a Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes e a Associação Portuguesa de Deficientes, juntou cerca de 20 pessoas à porta do Ministério de Educação. Em causa estava a denúnica da falta de apoios e de condições de segurança no retorno escolar para os alunos abrangidos pelo DL 54/2018 de 6 de Julho.

De acordo com a Lusa, os pais destes alunos presentes apontaram que as respetivas crianças foram as mais prejudicadas pelo ensino à distância. Declararam que esas são também aquelas que precisam de um maior reforço de condições em setembro.

O líder da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou que, “se as condições que as escolas têm para dar resposta à generalidade dos alunos já são deficientes, então quando falamos em alunos com necessidades educativas especiais que têm de ter respostas acrescidas e condições de segurança sanitária reforçadas, nós percebemos que isso não está a acontecer.”

Mário Nogueira sublinhou igualmente a necessidade de outro tipo de equipamentos de proteção individual, da contratação de mais docentes e assistentes operacionais e de reduzir o número de estudantes por turma. “Esses alunos terão de regressar ao ensino presencial, o que é necessário para que eles regressem é um reforço efetivo de recursos.”, concluiu.