Neste livro de memórias que chamamos ComUM, um capítulo está a acabar de ser escrito para dar lugar a um novo. Em todas as partes da história deste jornal sentimos a vontade de aprender e sair da zona de conforto, de querer fazer mais e melhor e de aprender a navegar pelo grande mar, por vezes turbulento, que é o jornalismo.
O jornal dos alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho prepara-se para se renovar e dar oportunidade a novos jovens capazes e motivados, prontos para fazer crescer ainda mais aquela que é a casa de muita gente. Esta casa ComUM é feita das mais variadas experiências e das mais variadas pessoas, tal como uma verdadeira família. E esta, por mais adversidades que enfrente, mantém-se sempre forte.
Mesmo que todos os anos apareçam novas caras e novas personalidades, o ComUM tem a capacidade de receber todos os novos membros da família de braços abertos. As raízes deixadas por quem já por aqui passou e a experiência de cada um nesta casa ajudam cada novo membro a crescer e a adicionar novas páginas no livro de memórias da família.
Cada capítulo tem as suas adversidades e as suas conquistas. Cada capítulo vê aspirantes a profissionais da comunicação a aceitar novas responsabilidades e a lutar por algo maior: informar os leitores e praticar jornalismo de qualidade. Embora não seja uma tarefa, de todo, fácil, esta família que todos os anos se renova prova que não é impossível.
Como dizem: “a união faz a força”. Por todas as memórias criadas ao longo dos anos podemos ver que o ComUM se tornou num local de formação de referência pelo esforço conjunto de diferentes pessoas que se encontraram e partilharam experiências. Embora cada um faça o seu próprio trajeto, é a junção dos diferentes caminhos traçados que fazem com que este seja considerado, por muitos, o melhor jornal académico do país.
No entanto, todo este crescimento que se vê nesta casa de aprendizagem não é fácil e acaba por ser desafiante. A atual convivência com a Covid-19, por exemplo, fez com que simples hábitos e experiências que consideravamos como garantidos se tornassem autênticos privilégios. Por isso, embora tenha sido necessário fazer diferentes adaptações e por mais incerteza que exista quanto ao futuro, esta altura difícil permitiu realmente perceber a importância do ComUM no seio académico e regional.
Assim, por mais difícil que seja trabalhar em seu nome e por muito que de nós se dê ao ComUM, este jornal encontra sempre uma forma de nos dar mais de volta e de nos fazer crescer. Seja a nível profissional ou pessoal, as experiências que esta casa nos dá preparam-nos para o que virá no futuro, independentemente se seguirmos jornalismo ou não.
Embora sejam várias as pessoas que agora têm de abraçar novos desafios e descobrir o seu caminho fora desta casa, tenho a certeza de que aqueles que ficam irão dar o seu melhor para que o ComUM continue a crescer. Por isso, com a Diana Carvalho, como diretora, e o Daniel Sousa, como subdiretor, uma renovada equipa, a partir do final desta semana, irá dar tudo para acolher quem se quer desafiar a ter novas experiências, a errar e a aprender com os seus erros, elementos fulcrais para o crescimento de cada um e também deste já grande jornal.
Aos que ficam e aos que já foram, agradeço pelo esforço e disponibilidade para aprender e ensinar ao longo do tempo, pois todos deixaram a sua marca e, por isso, para sempre irão fazer parte da história desta grande família. Em especial, quero agradecer a todos que fizeram parte da minha experiência e me auxiliaram por todo o processo desta “oficina de aprendizagem”, principalmente a Cátia Barros, que certamente tem um futuro brilhante pela frente e que sem ela não teria conseguido fazer metade do que fiz.
Pessoalmente, e para muitos na minha situação, estes três anos, como diz o hino da Universidade do Minho, foram viagem. Deram-me muito orgulho, muitas experiências e também muitas pessoas com as quais aprendi imenso. Embora despedidas sejam difíceis, as recordações que temos e as lições que aprendemos nesta bela casa acabam, de uma forma ou de outra, por nos guiar e nos fazer olhar para novos capítulos sem medo e com vontade de criar novas memórias.