Ainda sem datas reveladas, proposta pode potencializar a região “para um forte território”.
O projeto envolve a construção de uma linha de metro entre as cidades de Braga e Guimarães. Em cima da mesa estão paragens nos campus de Gualtar e de Azurém.
António Costa e Silva foi nomeado pelo governo para ajudar na recuperação da economia após a crise causada pela pandemia. As suas propostas envolvem o desenvolvimento de sistemas de transportes coletivos nas cidades de média dimensão, incluindo assim as cidades de Braga e Guimarães.
Desta forma, a proposta do metro à superfície está abrangida pelo plano de recuperação desenhado por Costa e Silva, que deverá projetar novamente a economia de Portugal. O custo previsto da iniciativa é de 150 milhões de euros.
Em declarações à RUM, Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, afirma que “o ministro do Ambiente, defendeu que essa ligação era necessária e que este é o único território com potencial de sustentabilização para o futuro”.
O metro poderá ligar os campi da Universidade do Minho. Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, adianta novidades sobre o projeto: “O que temos falado é que vai ter ligação direta entre ambas as cidades, ligando aos caminhos de ferro e aos dois campus da Universidade. Consideramos que a Universidade é uma das grandes alavancas para o desenvolvimento do território”.
O presidente vimaranense reuniu, esta quinta-feira, com o Ministro da Economia. Destacou o apoio de Pedro Siza Vieira para o projeto, à semelhança do apoio já manifestado pelo Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, aquando a liderança de Domingos Bragança no Quadrilátero Urbano. “Temos dois Ministros a favor desta mobilidade de futuro, que trabalhámos há uns anos. Agora temos condições económicas através do Fundo da Comissão Europeia”, salienta Domingos Bragança
O autarca considera que a região do Quadrilátero Urbano (Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães) tem condições para se tornar numa grande região “para rivalizar com a área Metropolitana do Porto e até à Área Metropolitana de Lisboa”. Destaca também que nesta área encontram-se três concelhos que estão no topo dos mais exportadores. e que “este é o momento para dar passos no processo da mobilidade integrada para a região”.
Domingos Bragança realça o diálogo com Ricardo Rio, no sentido de potenciar o plano de mobilidade para a região “para um forte território”. Afirma que, em conformidade com o seu homólogo de Braga ficou acordado, “que o desenvolvimento do metro à superfície ficará sobre a responsabilidade do Gabinete de Crise e da Transição Económica do município vimaranense, que é atualmente coordenado pelo antigo reitor da UMinho, António Cunha.
O atual reitor, Rui Vieira de Castro, à parte de uma reunião com o Secretário de Estado da Economia, João Neves, e empresários locais considera, em declarações à RUM, que o projeto “vai tornar mais fácil a circulação de estudantes, investigadores e trabalhadores entre os campi”. Não deixa de referir que a Universidade do Minho tem as portas abertas para ajudar no que toca a conhecimento humano e técnico à concretização da infraestrutura.
João Neves elogia a proposta e reconhece que “quando não há instrumentos de mobilidade entre territórios densamente povoados, há um enquistamento das suas capacidades”. Assim sendo, a iniciativa de metro à superfície “é algo extremamente positivo”, conclui.